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ANP perfurará poço para produção de gás natural no Sul do Piauí

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) vai perfurar no Piauí um poço estratigráfico, que visa definir o potencial de produção de gás natural no Estado. A decisão foi resultado da audiência do governador Wilson Martins com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, hoje (02), no Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação/ANP
Wilson Martins e o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima

O poço representa um investimento inicial de R$ 50 milhões e será um passo a mais na exploração do potencial mineral do Estado. “Este poço traduz a real confiança da ANP nas possibilidades de exploração de gás no Piauí. Não se faria um investimento desses sem perspectivas concretas”, disse Wilson.

A decisão da ANP leva em conta os estudos feitos pela própria agência, que já desenvolveu levantamento aerográfico, sismográfico e geoquímico no Piauí. Os estudos cobriram 22 mil km², em 22 municípios do médio e alto Parnaíba. O poço será perfurado ao sul de Floriano, uma espécie de centro geográfico da área que apresenta grande possibilidade de gás.

ANP fará leilão de blocos no Piauí
Na audiência na ANP, o governador Wilson Martins solicitou ainda que a Agência inclua o Piauí no próximo leilão de blocos para exploração de gás. Haroldo Lima e a Superintendente de Geologia, Eliane Petersohn – presente na audiência – também se comprometeram com este pleito.

O Piauí faz parte da formação geológica da Bacia Sedimentar do Parnaíba, que inclui o Maranhão e uma pequena parte do Tocantins. As primeiras explorações no Maranhão apontaram grande reserva de gás, o que torna ainda maior a perspectiva para o Piauí. “Quando eu dizia isso há três anos, muitos desdenhavam. A ANP está provando que tínhamos razão”, disse Wilson.

O governador solicitou ainda a ampliação do convênio com a UFPI, no laboratório de controle da qualidade dos combustíveis. O trabalho do laboratório tem colocado o Piauí como um dos estados com menor índice de adulteração de combustíveis.

Por fim, pediu que a ANP faça gestões junto ao BNDES e Petrobrás, visando um entendimento em torno da planta da Brasil Ecodiesel. A proposta de Wilson é encontrar um novo formato de negócios que permita a utilização da planta industrial, que se encontra em local estratégico tanto pela proximidade do semiárido como dos cerrados, fontes da oleaginosas utilizadas na produção do biodiesel.

Da Redação
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