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Piauí celebra 188 anos da Batalha do Jenipapo com evento cívico-militar

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Uma missa em ação de graça, celebrada na Catedral de Santo Antonio, marca as comemorações dos 188 anos da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior. Às 14h, foi celebrado culto na Igreja Universal do Reino de Deus e às 16h, acontece a solenidade Cívico-Militar, com a Outorga da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí, desfile militar, apresentação da peça teatral “A Batalha do Jenipapo”, no Monumento Heróis do Jenipapo.

O episódio, que ficou conhecido como Batalha do Jenipapo, aconteceu no dia 13 de março de 1823, às margens do rio Jenipapo, em uma área que atualmente é parte do município de Campo Maior. Em 2011, 188 anos depois, a coragem dos piauienses que ousaram lutar contra o domínio português ainda rende muitas homenagens. 

Além da solenidade cívico-militar, com a entrega de medalhas e a outorga da Ordem Estadual do Mérito Renascença - homenagem reservada a personalidades que de alguma maneira auxiliaram no desenvolvimento do Piauí - uma grande encenação envolvendo um corpo de 100 atores reviverá, ao ar livre, partes importantes dessa história.

Encenação da peça teatral chega a sua 14ª edição

Um dos grandes momentos da programação pelo dia 13 de março é o tradicional espetáculo teatral encenado pelo Grupo Harém em pleno pátio do Monumento Heróis do Jenipapo, em Campo Maior.

Nesta 14ª edição do espetáculo, a encenação da Batalha do Jenipapo envolve mais de 100 atores oriundos de Teresina e Campo Maior e conta também com a participação de grupos de capoeira e da cavalaria da Polícia Militar. A exibição, feita ao ar livre, narra a história de luta dos piauienses contra a resistência portuguesa na tentativa de conquistar a independência. “Houve focos de luta nas regiões de Parnaíba, Oeiras, Piracuruca e Campo Maior. Durante o espetáculo, nós procuramos contar um pouco desse contexto anterior que veio culminar na Batalha do Jenipapo, no dia 13 de março de 1823”, afirma Francisco Pelé, coordenador do Grupo Harém de Teatro e um dos produtores do espetáculo que será exibido em Campo Maior.

A grande novidade para a encenação deste ano será a participação do Coral de Vaqueiros do Piauí, que vai apresentar uma versão do Hino do Vaqueiro no fechamento do espetáculo. “O espetáculo vem crescendo a cada ano, começou tímido, mas vem ganhando uma grandiosidade. Ele funciona como uma versão do teatro de cortejo, feito na rua. Nossa intenção é ampliá-lo a cada ano e fazer uma espécie de opereta”, afirma Francisco Pelé. 

O espetáculo Batalha do Jenipapo tem duração de 40 minutos. O texto, adaptado a partir do trabalho de historiadores que reconhecem a importância do evento para a história do Brasil, é de autoria de Ací Campelo. A direção é de Arimatan Martins.

Unidade nacional conquistada pelos piauienses

Na época da Batalha do Jenipapo, a ex-colônia Brasil tentava se desgarrar definitivamente do domínio português após a proclamação da Independência, feita pelo príncipe regente Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822. O problema é que mesmo após o grito do Ipiranga, a Coroa Portuguesa não desistiu de manter o domínio sobre as terras brasileiras. O escritor e pesquisador Manoel Paulo Nunes explica que um dos objetivos lusitanos era criar o Estado do Brasil do Norte, reunindo as províncias do Maranhão, Grão Pará e Piauí, mantendo ao menos essa parte da ex-colônia subordinada a Portugal. Não esperavam enfrentar tanta resistência do lado piauiense.

A luta foi sangrenta e estima-se que entre 400 e 700 patriotas do lado piauiense tenham morrido durante a batalha. As tropas lusitanas venceram a Batalha do Jenipapo, mas perderam a carga de guerra, o que obrigou Fidié a recuar, abandonar a província piauiense e se aquartelar em Caxias, no Maranhão, onde foi sitiado e preso pelas tropas lideradas pelo brigadeiro Manoel de Sousa Martins, para depois ser deportado para Portugal.

Muitos especialistas, como é o caso do jornalista e escritor Laurentino Gomes, consideram que a resistência piauiense foi fundamental para que o território brasileiro tivesse a extensão e a unidade que possui hoje, dando fim às ambições portuguesas de manter o domínio sobre a parte norte do Brasil. No seu último livro, intitulado “1822”, Laurentino dedica um capítulo à história que aconteceu em Campo Maior, considerado por ele o “mais trágico confronto na Guerra da Independência”. O escritor será um dos homenageados com a Ordem do Mérito Renascença do Piauí na solenidade dos 188 anos da Batalha.

OUTORGA DA ORDEM ESTADUAL DO MÉRITO RENASCENÇA

CAVALEIRO
MAURO HENRIQUE RAMOS PEREIRA

OFICIAL
CÍCERO MANOEL DA CUNHA E SILVA
EDSON DE SOUSA CHAVES
EDWALDO FREITAS LIRA
ETEVALDO ALVES DA SILVA
JANSEN CERQUEIRA DE FARIAS
LIEGE DA CUNHA CAVALCANTE RIBEIRO GONÇALVES
LUIS BARBOSA MORORÓ
NORBERTO MENDES DO AMARAL NETO
PAULO NUNES CORDEIRO
RAIMUNDO NONATO ANDRADE DO NASCIMENTO
SÉRGIO ROGER ARRAIS TORRES
ZILZIMAR FERNANDES DE SOUSA

COMENDADOR
ANTONIO JURANDY PORTO ROSA
ANTONIO LAGES ALVES
CARLOS ALBERTO AMORIM FERREIRA
EDILSOM FARIAS
JORNAL O DIA
JOSÉ MARIA CORREIA LIMA E SILVA
JOSÉ OVÍDIO DE OLIVEIRA BONA
LAURENTINO GOMES
LIRTON NOGUEIRA SANTOS
LUCIMARY BARROS DE MEDEIROS
MOISÉS AUGUSTO LEAL BARBOSA
PAULO DE TARSO BATISTA LIBÓRIO
PAULO IVAN DA SILVA SANTOS
TV CIDADE VERDE

GRAN CRUZ
MARLLOS ROSSANO RIBEIRO GONÇALVES DE SAMPAIO




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