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Jenipapo foi o mais trágico dos confrontos, diz Laurentino Gomes

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Ao retratar a Batalha do Jenipapo como luta sangrenta que resultou na perda de muitas vidas e simbolizou a construção da independência pelo conjunto dos brasileiros, o jornalista e escritor Laurentino Gomes afirmou nesta segunda-feira (14), durante sessão do Senado que relembra os 188 anos deste episódio histórico, que o conhecimento e a valorização de acontecimentos passados são indispensáveis para a preparação e a construção do futuro de uma nação.





- A Batalha do Jenipapo foi o mais trágico e também o mais simbólico de todos os confrontos da Guerra da Independência - disse, em referência ao desafio de manter a unidade territorial. Ocorrida em 1823, a batalha reuniu piauienses, cearenses e pernambucanos contra os portugueses fieis à Coroa.


Laurentino Gomes é autor dos livros 1808 e 1822, o primeiro sobre a transferência da corte de Portugal para o Brasil e o segundo sobre a Independência do Brasil, tendo recebido com 1808 o Prêmio Jabuti na categoria melhor livro-reportagem.





O escritor lembrou que Dom João VI, ao voltar para a Europa após a derrota de Napoleão - que havia invadido Portugal, levando a família real portuguesa a vir para o Brasil - levou os recursos da colônia, deixando para trás um país falido, sem forças armadas constituídas e sem dinheiro para contratar soldados e comprar armas e munições. Foi dentro desse quadro que seu filho, Dom Pedro I, depois de proclamada a Independência, teve que enfrentar as guerras que se seguiram, que se prolongavam tornando-se "caras e desgastantes".


As províncias, recordou Laurentino Gomes, além de isoladas, rivalizavam entre si, o que levava a "grave risco" de fragmentação nacional, a exemplo do que ocorria na América Espanhola envolvida em guerras civis. Na ocasião, o levante dos escravos no Haiti, demonstrava a "óbvia ameaça" ao status quo das elites dominantes, assinalou o escritor. O Brasil foi chamando na época "Flor Exótica" do continente, por manter uma monarquia constitucional cercada de repúblicas por todos os lados.


Comparando aquele período histórico com o atual ciclo democrático vivido pelo Brasil, com 26 anos de continuidade democrática sem rupturas institucionais, o jornalista ressaltou a importância de os brasileiros estarem sendo chamados a participar da construção nacional. Nesse contexto, salientou a importância de se conhecer a história e seus episódios marcantes para a formação da cidadania e a construção do futuro.



Fonte: Agência Senado

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