Em audiência na manhã desta quarta-feira (16) com o secretário de Fazenda, Silvano Alencar, os deputados estaduais tomaram ciência das perdas de arrecadação do Piauí. Os dados e as explicações no entanto, não convenceram o parlamentar de oposição Firmino Filho (PSDB), que considerou uma “barbeiragem” do governo  como a responsável pela atual crise nas contas.

Fotos: Thiago Amaral/CidadeVerde.com

“A causa da crise foi uma barbeiragem na administração financeira. Entre 2009 e 2010 o governo perdeu R$ 940 milhões, mas o governo federal compensou com R$ 860 milhões. Ou seja, o grande problema surgiu porque o governo gastou mais do que arrecadou”, analisa o tucano.

Segundo o peessedebista, ao ser inquirido pelos parlamentares, Alencar não soube explicar o tamanho do rombo nos cofres estaduais, que medidas o governo tomaria ou quanto tempo seria preciso para que as contas voltassem ao normal. “Ou o secretário não tem conhecimento, ou mostrou despreparo ou falta de transparência. Isso nos causou frustração e acabrunhamento”, declara. 

 
Luz
O deputado Firmino Filho declarou ainda que é preciso que a Eletrobrás Piauí, antiga Cepisa, tenha mais autonomia para prestar melhores serviços à população. De acordo com o tucano, o presidente da empresa, Pedro Hosken Vieira, em audiência na Assembleia Legislativa mostrou desconhecer o Estado, que chamava com sotaque de “Piói”.

“Nos causou até um certo constrangimento a forma de como ele trocava o ‘a’ por um som fechado. O presidente disse que foram investidos R$ 1 bilhão, mas as melhorias não foram sentidas. É preciso mudar o modelo de gestão adotado em relação à Cepisa (sic). Ele administra cinco empresas lá no Rio de Janeiro, não falta luz na casa dele. Ele não sabe onde fica Picos, Betânia, a Santa Maria da Codipi. O Piauí precisa se desenvolver mas pra isso precisa de qualidade na energia elétrica”, pontua o tucano.

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Carlos Lustosa Filho
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