A infectologista Elna Amaral esclareceu dúvidas a respeito da nova forma de gripe que apareceu no Brasil, transmitida pelo Aedes Aegypti, mesmo mosquito transmissor da dengue. A médica explicou que apesar de apresentar sintomas semelhantes, a “Chykungunya” é menos preocupante por ter chance inferior a 1% de se tornar hemorrágica. As informações foram dadas em entrevista ao Jornal do Piauí, da tarde desta quarta-feira (23).

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com
 

“Não há motivos para pânico nem preocupações no momento. A preocupação real é a dengue, que é mais perigosa. A Chykungunya tem apenas 1% de chances de chegar a níveis hemorrágicos. Já a dengue tem 10%. Então, a nova doença não mata tanto quanto a dengue está matando atualmente”, considerou Elna.

 

Segundo a infectologista, foram registrados no país apenas três casos da nova gripe e todos no ano de 2010, em pessoas que haviam frequentado a região da Indonésia. Neste ano, nenhum registro foi feito. Apesar disso, há um alerta porque o mosquito que transmite a dengue é o mesmo transmissor da Chykungunya.

 

A especialista disse ainda que os sintomas das duas enfermidades se confundem facilmente. “Dores no corpo, febre, enfim, sintomas de viroses. A diferença é que a gripe geralmente vem com problemas respiratórios e a dengue não. Além disso, a dengue provoca mais dias de dores no corpo”, ressaltou.

 

Elna afirmou que, via de regra, os medicamentos que combatem vírus são caros, raros e não garantem bons resultados. Portanto, a melhor forma de agir quando se contrai uma virose é através da hidratação.

 

“Os remédios, além de não garantirem a cura, ainda trazem efeitos colaterais, então, o que se deve fazer é tomar apenas medicamentos sintomáticos, como para dor de cabeça e febre, por exemplo e principalmente se hidratar. A hidratação melhora todos os sintomas”, explicou.