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Delegada da Mulher realiza palestra no Salão de Humor do Piauí

Era noite do dia 27 de maio de 2008, quando a jovem, de apenas 26 anos, viveu um dos dias mais macabros de sua vida. De iniciais M.C.A., ela ainda lembra-se da data com lágrimas nos olhos. “Fecho os olhos e vejo meu marido chegando em casa e começando a me espancar com a cadeira da sala sem motivo algum. Desmaiei, fiquei cheia de hematomas e fui parar no hospital”, conta emocionada M.C.A, que devido à agressão sofreu várias escoriações e teve os dois braços quebrados. “Foi o pior dia da minha vida”, revela em prantos.


Delegada Vilma Alves

Essa triste história não é apenas uma exceção no Piauí. Dados da Delegacia da Mulher revelam que esta realidade é algo corriqueiro no estado e acontece com mais freqüência do que imaginamos ou acompanhamos na mídia.

A cada cinco minutos uma mulher sofre violência no Brasil. E o Piauí está neste mesmo patamar. Para quem ainda acha um absurdo dados como estes em pleno século XXI, “é apenas a triste realidade que enfrentamos”, explica a delegada da Mulher, Vilma Alves. “E essa violência não é só o espancamento, temos também a violência psicológica, que é tão grave quanto a física, já que mexe com a auto-estima da mulher e acaba a deixando deprimida. É isso que queremos combater”, completa.

Querendo abordar todos os aspectos que abordam a vida da mulher – e não apenas os positivos – o 28º Salão Internacional de Humor, que tem como tema “A Mulher no 3º Milênio”, resolveu tratar também desse assunto que ainda causa muita dor e sofrimento a muitas mulheres do Piauí, do Brasil e até do mundo.

Pensando nisso, a delegada Vilma Alves foi convidada para palestrar durante o 28º Salão Internacional de Humor, que acontece de 9 a 15 de maio na praça cultural Pedro II, no centro da cidade.

Durante a palestra, a delegada da Mulher vai tratar principalmente sobre a “Lei Maria da Penha”. “O que constatamos é que o brasileiro não tem um bom conhecimento sobre as leis, se perguntarem para as pessoas o que é a lei ‘Maria da Penha’, todo mundo sabe que existe, mas ninguém sabe explicar exatamente o que é. Precisamos batalhar para que um maior número de pessoas saibam seus direitos e saibam como agir perante qualquer ato de violência”, finaliza Vilma Alves.

Redação
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