Moradores do bairro Cidade Nova cadastrados no programa Semeando Moradia estão desde o ano passado esperando o material para a construção de suas casas. Eles vivem atualmente em casas de taipa que estão desmoronando por conta das chuvas.

A presidente da associação de moradores do bairro, Rosângela Benvindo, informa que 63 familias estão cadastradas no projeto, mas que 73 precisam de material. “Oito casas já caíram. Toda a documentação dos terrenos está regular e estamos apenas esperando a prefeitura e a ADH”, declara.

Fotos: Aline Carvalho/CidadeVerde.com

Rosângela mostra situação das moradias

Uma das pessoas a serem beneficiadas é a dona de casa Teresa Ribeiro. “Minha casa está totalmente rachada. Esperar é uma angústia. Estamos esperando desde 2010 e não tivemos ainda nenhuma resposta. As casas estão caindo e a gente fica com medo”, declara.

Teresa Ribeiro

A doméstica Cícera Otaviano também está angustiada com a situação. “Quando chove eu corro para o lado da casa que está melhor por que tenho medo de cair. Quando a chuva é forte vou pra casa do vizinho”, descreve. 

Cícera Otaviano

Segundo os moradores, foram realizadas reuniões com representantes da Caixa e ADH para traçar um cronograma de construção das novas casas, mas até o momento nada foi resolvido.

Parte das moradias de taipa está sendo escoradas por madeira. Os proprietários de algumas residências estão ocupando uma igreja que está sendo construída na região.

A Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) divulgou uma nota sobre o caso, rebatendo as informações dos moradores. Leia abaixo:

Regularização Fundiária atrapalha entrega de casas do Parque Nova Alegria

A demora da entrega das casas do Parque Nova Alegria se deve em razão da falta de regularização fundiária do terreno.  São 63 unidades habitacionais do Programa Semeando Moradia. Essas casas fazem parte dos 1.500 processos que estão parados na CAIXA por falta da titularidade do terreno. Por conta disso, a  A Agencia de Desenvolvimento Habitacional – ADH,  decidiu criar uma Força Tarefa Conjunta para agilizar os trabalhos de garatir o título de posse da terra para centenas de familias carentes da Cidade. “ O problema é muito sério,   a ADH está providenciando  a regularização fundiária desse terreno. A contratação pela Caixa só vai acontecer com esse documento. O programa Semeando Moradia tem sido o mais prejudicado com essa exigência da CAIXA”, explica a coordenadora estadual do Programa Semeando Moradia, Lili Carvalho.

O diretor geral da ADH, Gilberto Medeiros,  criou  a Comissão Especial da Regularização Fundiária para tratar exclusivamente desse assunto.  Trata-se de uma parceria com a Prefeitura de Teresina, que por sua vez enfrenta o mesmo problema, ou seja,  está com obras paradas até ser feito a regularização fundiária. Uma reunião ocorrida no último dia 05 ( ontem), na ADH,  foi decidido que a Prefeitura Municipal fará um levantamento das áreas  tiotularizadas do municipio, o mesmo será feito em relação aos terrenos do Estado.

A partir desse levantamento será feito um mapeamento dos conjuntos habitacionais, mostrando onde  estão construídos e se estão de forma irregular. Os novos empreendimentos só serão construidos com a legalização do terreno. Com essa medida vai permitir uma planejamento melhor da cidade na área de habitação.

Flash de Aline Carvalho (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação Carlos Lustosa Filho
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