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Jornal do Piauí faz debate sobre o desarmamento e porte de arma

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O Jornal do Piauí promoveu nesta terça-feira (12) um debate polêmico com autoridades sobre o desarmamento e o porto de arma por parte da população. Estiveram presentes o coordenador do Grupo de Amigos da Vida (GAV), Miranda Neto, o chefe do policiamento da capital, coronel Albuquerque, o advogado Marcos Vinícius Brito, e o delegado João Paulo.

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com


“Acredito que o estatuto do desarmamento deve ser revisto. Os jovens estão tendo acesso mais fácil às armas. O governo deve fortalecer as fiscalizações e investir em políticas de educação para o povo. A sociedade tem medo de sair de casa”, disse Miranda Neto.



O debate foi motivado pelo massacre do Realengo (RJ), ocorrido na escola Tasso de Oliveira, quando foram mortas 12 crianças por um assassino em série armado. Episódios como esse mantém o Brasil como campeão mundial de mortes por arma de fogo, com média anual de 34.300 mortes.

“Ao meu ver, temos que tirar de circulação as armas ilegais e respeitar a opinião dada no plebiscitos sobre o desarmamento. Hoje em dia, os registros mostram que aqueles que mais matam tem idade entre 15 e 22 anos”, informa o coronel Albuquerque.



Segundo pesquisa realizada pela ONG “Viva Comunidade”, circula no país cerca de 15,4 milhões de armas, sendo que 48% desse número são de armas ilegais. 80% das armas apreendidas no país são revólveres e pistolas: as chamadas armas curtas.

“As advogados deveria ter armas. Essa profissão é de risco. A justiça não concede porte de arma para pessoas sem fazer um acompanhamento dos cidadãos. Muita gente precisa de segurança e nem sempre encontra por parte do poder público”, explica Marcos Vinícius Brito.



Na primeira campanha de desarmamento realizada no país, em 2004 e 2005, foram quase 500 mil armas recolhidas pela Polícia Federal. Já na segunda campanha, em 2008 e 2009, o número caiu para pouco mais de 30 mil armas.

“As armas deveriam ser de uso exclusivo das polícias. Os homicídios não aumentaram porque a circulação aumentou, mas porque a população aumento. Entretanto, precisamos desarmar a população”, opina o gerente de armas e munição da Polícia Civil, João Paulo.



Lívio Galeno
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