Talvez você não saiba, mas o Youtube não foi o primeiro site a ser uma ferramenta de compartilhamento de vídeos. Na verdade, esse mérito coube ao brasileiro Videolog, criado em maio de 2004, enquanto o seu concorrente mais popular surgiu apenas em fevereiro do ano seguinte. Um de seus criadores, o produtor Edson Mackeenzy, está em Teresina e participa às 19h desta terça-feira (19) de mais um Encontro de Empreendedores Digitais – Interaje no auditório do CCN, na Universidade Federal do Piauí.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Mackeenzy explica que em sua palestra falará sobre como surgiu a ideia de seu negócio que atualmente tem aproximadamente 6 milhões de visualizações mensais por usuários únicos, 13 milhões de vídeos exibidos e outros 600 mil cadastrados ativos, sendo o maior site de vídeos do país. Além disso serão abordados temas de como criar e aproveitar melhor as produções de vídeos. Tudo isso com apenas 12 funcionários.

“Criamos o site com a intenção de facilitar a logística de material audiovisual”, descreve Mackeenzy, que à época buscava uma forma de distribuir os vídeos que produzia aos seus clientes e amigos. Antes da ferramenta, o material precisava ser entregue em DVD. Com a criação do Videolog, eles perceberam que diversas pessoas também tinham esta necessidade. “Logo no primeiro mês de operação, 30 mil usuários se cadastraram. Com o tempo fechamos parcerias com Embratel, que nos deu suporte e infra-estrutura; depois com a Oi; a UOL, até novembro de 2010 e estamos agora com a Record”, conta.

Diferente do Youtube, o Videolog tem foco principal nos produtores de conteúdo e auxilia no aperfeiçoamento dos usuários. Além disso, a empresa desenvolve tecnologia e presta consultoria e serviços ligados a publicação de vídeos na web, mas a diferença não para por aí.

“O nosso objetivo principal é ser parceiros. O Youtube, por exemplo, quer transmitir ao vivo. Ele quer o conteúdo, não se importa se é copiado. Nós queremos incentivar a produção de vídeos. Acabamos nos tornando uma vitrine de produtores de conteúdo, não só de videomakers, mas também do músico usa uma câmera para mostrar que está tocando violão ou de pessoas com o (produtor) Rick Bonadio, que mostra o making of das bandas dele”, exemplifica o criador do Videolog.

Viral
Mackeenzie explica que a criação de vídeos virais, como o que alavancou a cantora Estefhany, possuem sim, uma fórmula. “São 50% qualidade e 50% divulgação”, define. Ele acrescenta que dentro do Videolog, 45% da audiência de um vídeo é ação direta do usuário que envia o link para os amigos e conhecidos; 35% são ações virais como replicar e publicação pelos amigos e 10% vem da indicação do próprio Videolog, que publicam os melhores vídeos na capa do site.


Carlos Lustosa Filho
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