O prefeito de Demerval Lobão, Geraldo Júnior (PPS), visitou o Cidadeverde.com no início da noite desta quinta-feira (26). Depois de conversar com a secretária de Saúde, Fernanda Cruz, ele investigou o episódio dos remédios incinerados na zona rural do vizinho município de Lagoa do Piauí e negou irregularidade.
Livio Galeno/Cidadeverde.com
Prefeito Geraldo Júnior nega crime
"Ela (secretária) procedeu de forma correta. Esses remédios estavam fora da data de validade e eram para tratar da gripe H1N1, além de outras doenças, como problemas cardíacos crônicos. Mas o Ministério da Saúde manda em grande quantidade e excede a demanda do município", explicou.
O prefeito anunciou que novas incinerações de medicamentos serão feitas e afirmou que convidará o Ministério Público e a Polícia Federal para presenciar tudo. "Crime não é queimar os medicamentos. Crime é distribuir remédios vencidos", acrescentou.
O gestor, no entanto, admitiu que o local onde os remédios foram queimados é inapropriado para tal. "O único procedimento incorreto foi o local onde os produtos foram incinerados. Mas ali já era um lixão, já estava sujo. Se houve a contaminação de alguma lagoa não é pelos medicamentos, mas sim pelo lixão", ponderou.
Jordana Cury/Cidadeverde.com
O Cidadeverde.com esteve no local e flagrou remédios que só irão vencer em 2013. O prefeito garantiu que só medicamentos vencidos estavam no lixão e lançou dúvida sobre políticos da oposição que fizeram a denúncia. Fernanda Cruz acrescentou informando que alguns vereadores tem acesso ao local onde ficam os remédios.
Fernanda Cruz, secretária de Saúde do município
Sobre o excedente de remédios, a secretária de Saúde também anunciou providências. "Alguns dos medicamentos já vem do Ministério com a data de validade quase esgotada. Tanto é que já temos mais medicamentos desses em estoque no município. E o excedente, quando não estiver na data de validade, vamos mandar de volta para o Ministério da Saúde", completou.
Jordana Cury (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)