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AABB é campeã do vôlei feminino em jogo final com sabor de nostalgia

Numa decisão marcada pelo clima de amizade e rivalidade, a equipe da AABB sagrou-se campeã do vôlei feminino da Olimpiauí em cima das meninas do RH Construções. A partida foi uma mistura de amizade e rivalidade entre antigas atletas que se conhecem há anos, viveram grandes momentos e estão escrevendo novas páginas na sua história e na do Ginásio Verdão.

Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
Sapão e Aninha choram juntas a vitória no vôlei...
...e mostram as tatuagens: uma flor e uma bola de vôlei estilizada.

O jogo terminou em 2 sets a 1, comprovando o favoritismo da AABB que há quatro anos vence todas as competições que participa. A vitória emocionou especialmente a levantadora Ana Angélica, a Aninha, de 38 anos, e a Jorgiane Sousa, a Sapão, de 31 anos. As duas jogam desde crianças, cresceram jogando no Verdão, se encontraram nas quadras, ficaram amigas, vivenciaram o auge e o declínio do ginásio, pararam de jogar, voltaram, formaram dupla de vôlei de praia, enfim, criaram uma longa trajetória no esporte. Após a vitória deste sábado (11), as duas se abraçaram e não conteram a emoção, acabando por chorar juntas. 

Thiago Amaral/CidadeVerde.com

"Estar aqui é uma emoção muito grande porque cada vitória é como se fosse a primeira. Ainda mais agora que não somos mais meninas. Esse jogo foi uma superação. Não ia ser hoje, aqui no Verdão, aqui no Piauí, que nós íamos perder, por mais que chamem a gente da 'equipe das velhinhas'", declara Sapão. 

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"No Verdão eu joguei a Copa Cidade Verde e tantas outras competições. Vi o teto desabar e estava aqui no primeiro jogo após a reinauguração", emociona-se Aninha. Ela explica que quando viu o ginásio voltar à ativa durante a abertura da Olimpiauí também não se conteve. "Eu estava assistindo a TV de casa. A gente só ia jogar no domingo, mas quando eu vi aquilo tudo, não aguentei e vim correndo. Chorei quando cheguei aqui e vi tudo lotado de novo", relembra. 

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Quem não estava lá muito contente era a atacante central Vanessa Vieira, de 30 anos, do time da RH Construções. "Estou chateada porque toda vez a gente vai pras finais e perde pra elas", brinca. Vanessa voltou a jogar há apenas 4 meses e estava há mais de dez sem pisar no Verdão. "Voltei porque precisava fazer uma atividade física, porque me deu saudade, pra ter de volta o velho ciclo de amizades", afirma. Hildaline Brito, de 28 anos, atacante, diz que todas as meninas dos dois times se conhecem há muito tempo e já se enfrentaram ou jogaram juntas inúmeras vezes. "Estivemos aqui mesmo no Verdão no tempo que ele era cheio de buracos. Já deixamos muitas tiras de couro de joelho aqui", declara entre risos.

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Ana, Vanessa, Hildaline e Jorgiane: 
Verdão é palco de amizade e rivalidade

Mais do que uma vitória e uma derrota, a final do vôlei feminino foi uma celebração à vida. "O esporte nos dá esses momentos inesquecíveis onde a gente não sabe se é casado, se tem filho, se trabalha. Nós voltamos a ser adolescentes de novo por dentro", descreve Jorgiane. 

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Carlos Lustosa Filho
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