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Mãe é conivente em 50% dos casos de prostituição infantil em Teresina

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As denúncias de prostituição infantil contra o estabelecimento de Lenice Gonçalves de Sousa, o bar Lenice Drinks, iniciaram quando uma das adolescentes sofreu agressão de um cliente e foi registrar queixa na Delegacia de Proteção ao Menor.


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Para a polícia, a garota contou que usava uma carteira de identidade falsa, entregue pela proprietária, e tinha a vida controlada por Lenice. As instalações do bar eram vigiadas por circuito interno de TV. Lenice também controlava o que as garotas ganhavam e consumiam dentro do bar.





A informação foi confirmada pelo conselheiro tutelar Gardiê Silveira, que, na época, acompanhou o caso. Segundo Gardiê, o que mais chocou foi que, ao devolver as adolescentes para suas famílias, os pais tinham conhecimento das atividades das filhas.


"As famílias sabiam. Elas entram na atividade e os pais não tomam providências porque será uma renda a mais para a casa. É como se as mães não tivessem mais responsabilidade por suas filhas, entregando-as para as donas dos estabelecimentos", comenta o conselheiro.


Segundo Gardiê, as denúncias de exploração sexual de menores chegam constantemente ao Conselho. Por mês, são de 8 a 10 denúncias. "Destas denúncias, 50% são as próprias mães que aliciam suas filhas por possuírem pequenos estabelecimentos comerciais e, para não perderem os clientes, oferecem suas filhas como uma mercadoria. Um exemplo disso acontece na região do bairro Promorar", destaca Gardiê.


Flash de Caroline Oliveira
Redação de Leilane Nunes
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