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Brasil perde na Liga Mundial para os EUA e ainda não garante vaga

Depois de vencer os EUA ontem na casa do adversário por 3 sets a 1, a seleção brasileira masculina de vôlei foi derrotada pelo mesmo placar - parciais de 25-20, 25-23, 22-25 e 25-23 -, neste sábado, adiando sua classificação à próxima fase da Liga Mundial.




O resultado em Tulsa mostra o equilíbrio entre as duas equipes no grupo A da competição. No saldo das quatro partidas, cada time venceu um jogo, sempre pelo placar de 3 sets a 1.


Na última rodada, a seleção brasileira faz dois confrontos com a Polônia dentro de casa. Desde que vença pelo menos dois sets nestes jogos, o Brasil pode perder as duas partidas que se classificará.


O jogo


A seleção brasileira começou bem a partida, imprimindo o mesmo ritmo que valeu a vitória de sexta-feira. Mas os norte-americanos, conhecidos por sua capacidade de entender a tática adversária, dificilmente são derrotados pela mesma estratégia em dois dias seguidos. E não demoraram para tomar as rédeas do confronto.


Com Leandro Vissotto ainda machucado, Bernardinho manteve Théo na equipe, mas o jogador não teve a mesma eficiência. E logo a dificuldade brasileira em colocar a bola no chão foi tranquilamente marcada pelos rivais. Os Estados Unidos ainda tiveram exuberância para confundir a defesa do Brasil.


A virada dos anfitriões no primeiro set ficou clara que seria inevitável em uma falha do líbero Serginho, que escolheu a hora errada para levantar uma bola e a deixou cair quase nos próprios pés. Os brasileiros, que foram para a primeira parada técnica vencendo, sofreram a virada.


O país nove vezes campeão da Liga Mundial não conseguiu segurar a velocidade dos ataques norte-americanos, concentrados principalmente no capitão William Priddy. Stanley Clayton também fez sua parte com três aces consecutivos. Já não adiantava nem a troca de Bruninho e Théo por Marlon e Dante, improvisado como oposto: os EUA venceram a primeira parcial por 25 a 20.


A desconcentração e até uma hesitação na hora de defender continuou no início do segundo set. Anderson e Stanley logo se juntaram a Priddy nas alternativas dos donos da casa para se aproveitar dos ainda confusos brasileiros e colocar a bola no chão. Desta vez, o lance que caracterizou a desestabilização dos atuais campeões do torneio veio em uma precipitada cortada de primeira de Lucão em bola que deveria ser defendida.


Por alguns minutos, Bruninho tentou tomar as rédeas da partida, recolocou Théo no jogo e ampliou as opções de ataque do Brasil, saindo da previsibilidade que facilitava a marcação norte-americana. A evolução dos tricampeões mundiais os colocou à frente dos Estados Unidos no primeiro tempo técnico da segunda parcial.


Na sequência, porém, reapareceu o nervosismo, ampliado até com seguidas reclamações com a arbitragem. O bloqueio não funcionava e o contra-ataque anfitrião era praticamente sinônimo de ponto. Até que o Brasil, após uma bronca do capitão Giba, se esqueceu dos juízes, se concentrou e encostou no placar, mas foi um saque cauteloso do próprio Giba que deu início ao ponto que definiu o set em 25 a 23 para os EUA.


O nervosismo continuou, exposto até por Bernardinho, que, junto com sua comissão técnica, registrou reclamação contra o primeiro árbitro. Os seus comandados também continuaram conversando e protestando na maioria dos lances.


Na terceira parcial, finalmente o bloqueio brasileiro funcionou. O time fez mais pontos neste quesito no período do que juntando os dois anteriores. Os problemas com o saque norte-americano continuavam somente quando a bola vinha das mãos de Stanley, mas a concentração e confiança, marca da equipe de Bernardinho, reapareceram.


Todos os trunfos do terceiro set, entretanto, sumiram depois do segundo tempo técnico. A confusão se deu a ponto de Lucão dar dois toques, o que fez os Estados Unidos se recuperarem e encostarem no placar. Para se manter à frente, Bernardinho mandou Dante, Thiago Alves e Marlon à quadra. Conseguiu ressuscitar seu bloqueio e terminar a parcial mantendo a vantagem que construiu: venceu por 25 a 22.


O quarto período do confronto, entretanto, teve todas as qualidades demonstradas pelos Estados Unidos. Mesmo errando menos, o Brasil, pela primeira e única vez neste sábado, foi para a primeira parada técnica perdendo. Se Bernardinho resolveu passar confiança a quem começou o jogo e desfez as mudanças do fim do último set, os norte-americanos aproveitaram a instabilidade de Giba para sacar em cima dele.


Os brasileiros, contudo, tiveram a inteligência e a concentração que tanto fez falta para conseguir empatar em 16 a 16. Mas a desatenção reapareceu, expostas em momentos cruciais e consecutivos com Lucão e Giba. O meio-de-rede Sidão entrou pela primeira vez no jogo na tentativa de ganhar no bloqueio, mas o esforço foi em vão. A velocidade e precisão do ataque norte-americano valeu a vitória definida com triunfo no quarto set por 25 a 23.



Fonte: Estadão
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