O Censo Demográfico de 2010 por bairros levantou as regiões mais populosas, os déficit habitacionais, com maior número de crianças e envelhecimento. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º)
O Itararé (zona Sudeste) continua sendo o mais populoso com 37.443 habitantes, seguido do bairro Cidade Industrial(Norte) mais conhecida como a região da Santa Maria da Codipi com 32.685. A região poderá passar a ser o maior com a habitação do residencial Jacinta Andrade, a maior obra do PAC no Estado. Na outra ponta tem o bairro Livramento com apenas 4 domicílios e 14 pessoas.
Domicílios fechados
O novo bairro Flor do Campo (zona Sudeste) apresenta o maior índice de domicílios particulares desocupados, sendo que 48,1% das residências estão vagas. Já no Verdecap (Sudeste) 31,3% estão desocupados e Santa Rosa (Norte), 30,3% apresentam os maiores percentuais de Domicílios Particulares não ocupados (vago e/ou de uso ocasional), o que representa 10 vezes os percentuais dos bairros Embrapa(Norte) com 3,2% e Beira Rio
( Sudeste), 3,9%.
As maiores densidades (média de morador por domicílios ocupados) estão nos bairros Recanto das Palmeiras, 4,2 e Embrapa, Olarias e Todos os Santos com 4,1. Na outra ponta, o Vale do Gavião aparece com 2,7 moradores por domicílios, seguido por Morada Nova e Tancredo Neves com 2,9.
Pedro Soares da Silva, Supervisor de Informações do IBGE/PI, destacou que a principal dificuldade do censo em Teresina foi descobrir que existem bairros “fantasmas”.
“São bairros que estão na lei, mas na prática eles não existem”, esclarece Pedro Soares. Ele cita os bairros como Santa Maria da Codipi que para a lei não existe e que a área foi batizada de “Cidade Industrial”.
Área fictícia
Outra região fictícia é o Parque Jurema – que na lei é bairro Extrema – e Novo Horizonte que na legislação é Parque Ideal. Até o maior bairro da capital piauiense, o Dirceu Arcoverde não existe na Lei de Criação dos Bairros. Lá, para o IBGE a região é Itararé.
“Os administradores e legisladores precisam adequar a lei com os limites adotados nos dia-a-dia pela população. Observando também que os limites não sejam feitos por linha reta e passe por cima de casas, o que está atrapalhando o levantamento do IBGE”, disse.
“Não é uma prática dos administradores municipais do Piauí oficializarem os limites das regiões urbanas da forma como são conhecidas popularmente por bairros, distritos e etc”, destacou Pedro Soares.
De acordo com o IBGE, nos 224 municípios do Estado, apenas 19 têm bairros definidos em legislação específica.
Flash Yala Sena
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