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Em Teresina,100% dos hospitais têm lixo irregular e ameaça rios

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O Ministério Público Estadual realizou na manhã desta quinta-feira(04) audiência pública para tratar da questão do lixo hospitalar. Na ocasião foi mostrado um relatório que constatou que nenhum hospital ou clínica no Piauí faz o descarte correto dos resíduos sólidos que são depositados no aterro sanitário de forma inadequada comprometendo o lençol freático e os rios. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

De acordo com o promotor Antônio Dumond, responsável pelo documento a situação é grave. “Eu verifiquei in locu a situação. O principal problema do aterro de Teresina é que não é impermeabilizado. O chorume penetra diretamente no solo comprometendo o lençol freático e pode ter chegado ao rio Poti que fica apenas quatro quilômetros do aterro”, disse.

O promotor informa ainda que o procedimento de descarte está errado desde o início, já que os objetos utilizados e as vísceras humanas são acondicionadas em sacos, que não seguem as normas da lei. São acondicionados em sacos que podem rasgar e são transportados em veículos inadequados.

“A lei determina que os locais que produzem os resíduos são responsáveis pelo seu descarte que ser clínicas humanas ou veterinárias, hospitais e laboratórios. A Prefeitura chegou a fazer um contrato, mas não pode assumir a responsabilidade por todo esse trabalho”, declara Antônio Dumond. 


Participaram da audiência Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Estadual de Saúde, Superintendências de Desenvolvimento Urbano e empresas que fazem o trabalho de coleta e incineração do lixo hospital. 

Na próxima semana será marcada uma nova audiência pública onde será firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para estabelecer um prazo para que todas as unidades de saúde regularizem a destinação correta do lixo hospitalar.



Flash de Carlos Lustosa
Redação Caroline Oliveira


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Tags: lixo