A deputada Flora Izabel (PT) se pronunciou na Assembleia Legislativa do Piauí contra o uso da designação “cajuína” junto ao nome “Crush”, novo refrigerante lançado pela Coca-Cola. A parlamentar garantiu que vai lutar para retirar o temo do produto.

“Isso não pode. A cajuína é um produto genuinamente do Piauí. É um patrimônio do Estado. Faremos uma audiência pública para discutir o assunto e para evitar a utilização do nome da bebida”, explicou a deputada Flora Izabel.

A multinacional Coca-Cola fez o lançamento da nova bebida gaseificada “Crush Cajuína” recentemente. O produto, composto de guaraná e estrato de caju, foca no mercado nordestino e levanta polêmicas sobre a confusão da imagem da bebida perante o país.

“A nossa cajuína é artesanal, tem baixo teor de açúcar e não é industrializado. As pessoas vão tomar o ‘Crush’ e pensar que a cajuína é daquele jeito. Vamos cobrar do governo Estadual que se posicione através da Procuradoria”, defende a parlamentar.

Outro ponto utilizado como justificativa para retirar o termo do nome da nova bebida são as consequências econômicas que o lançamento causará no Piauí. Produtores de caju e cajuína serão convocados para audiência pública na Assembleia.

“Essa situação vai prejudicar os produtores. Vamos lutar para que isso não ocorra”, analisa a petista Flora Izabel. 

A Norsa, fabricante de bebidas nos estados do Ceará, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte, entende que a Cajuína é um produto tradicional e admirado em alguns estados do Nordeste. A Norsa esclarece ainda que em nenhum momento ela ou a Coca-Cola tentou ou obteve “patente” sobre o termo cajuína, além de não ter intenção de registrar a marca em seu nome.

A confusão pode ter surgido após o lançamento do refrigerante Crush no sabor guaraná e cajuína. O uso da palavra cajuína na designação de sabor é absolutamente livre, não fazendo parte da marca ou de seu registro, no caso de Crush.