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EUA: Furacão Irene deixa 4 mortos e 227 mil sem energia elétrica

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A passagem do furacão Irene pelo Estado da Carolina do Norte com ventos de até 140 km/h já deixou ao menos quatro mortos e cerca de 227 mil pessoas sem energia elétrica, informaram as autoridades locais.

Segundo a emissora de TV NBC, uma das vítimas é um homem do condado de Nash que morreu após ser atingido por um galho de árvore quando caminhava ao redor de sua casa.

Já a CNN indica que ainda na sexta-feira (26) um homem morreu de infarto, no condado de Onslow, quando pregava proteções de madeira nas janelas de sua casa. Segundo a emissora, as autoridades americanas estão atribuindo as duas mortes ao furacão Irene.

Também segundo a NBC, uma terceira pessoa morreu em um acidente de trânsito no condado de Pitt.

A CNN ainda aponta uma quarta morte em decorrência do furacão. De acordo com a emissora, que credita a informação a equipes de socorro no local, um garoto foi morto depois da queda de uma árvore em Newport News, no Estado da Virgínia. 

Horas após o furacão ter oficialmente atingido o território do Estado, a governadora da Carolina do Norte, Bev Perdue, disse à emissora CNN que a tempestade já causa diversos alagamentos e seus fortes ventos deixam até o momento mais de 227 mil casas sem energia elétrica.

As fortes chuvas que atingiram a região "durante toda a noite" já forçaram o fechamento de mais de dez estradas e de aeroportos, acrescentou. "Por favor fiquem dentro de suas casas", pediu a governadora.

Mais cedo, Mark Van Sciver, do governo da Carolina do Norte, disse ao canal de TV que no momento 7.381 pessoas do Estado já estão em 81 abrigos organizados ainda durante a sexta-feira (26) e Ernie Seneca, porta-voz do governador do mesmo Estado, disse que a expectativa é que o furacão atinja cerca de 20 condados, afetando ao menos 3,5 milhões de pessoas.

Casa Branca
A chegada da tempestade levou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e a secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, a reforçarem o alerta para que os moradores de regiões mais vulneráveis da cidade cumpram a ordem de esvaziamento decretada neste sábado, afirmando que a aproximação do furacão Irene é perigosa e causa risco de mortes. 

Mais de 370 mil receberam ordens de deixar suas casas, muitos nos bairros do Brooklyn e Queens. A retirada de moradores, que deve acontecer às 16h do sábado (horário local), será obrigatória em vários bairros.

"Ficar é perigoso, ficar é bobagem, e é contra a lei", disse Bloomberg a jornalistas durante uma coletiva de imprensa realizada em Coney Island, no Brooklyn. "A hora de sair é agora", acrescentou.

Já a chefe de Segurança Interna americana, Janet Napolitano, disse que o "furacão Irene continua sendo uma grande e perigosa tempestade, e as pessoas precisam levá-la a sério".

Nos supermercados da cidade já na tarde de ontem (26), havia filas para conseguir comprar comida e água, e o estoque de pilhas e lanternas já acabou.

Perda de intensidade
O furacão Irene tocou a terra na região de Cap Lookout, na Carolina do Norte, perdendo força e sendo rebaixado para o grau um na escala Saffir-Simpsons, que vai de um a cinco.

Um furacão de categoria um tem ventos entre 119 e 153 km/h e sua força deve ultrapassar os 249 km/h para que seja considerado de grau cinco.

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) diz ainda que a tempestade prossegue desenhando a rota prevista, rumo à Nova York, com uma velocidade de 22 km/h, e que tal movimento deve prosseguir por no mínimo mais 24 horas.

"Embora deva se enfraquecer após tocar na costa da Carolina do Norte, o Irene deve continuar sendo um furacão enquanto move-se para os Estados do Atlântico e a região da Nova Inglaterra", diz o relatório, acrescentando que a intensidade do furacão deve permanecer entre o limite das categorias um e dois.

Mesmo assim, o governo americano reforça os alertas e indica que a forte tempestade tem ainda um potencial de destruição preocupante.

No boletim das 5h (em Brasília), o NHC afirmou que o alerta de tempestade para o Estado da Carolina do Sul já foi cancelado, após a passagem do Irene.

Aeroportos
Em Nova York, as últimas notícias dos preparativos para a chegada da tempestade incluem a confirmação que os maiores aeroportos da cidade estarão fechados para pousos a partir das 12h locais deste sábado (13h em Brasília).

A medida deve afetar milhões de pessoas em diferentes países, considerando que os terminais aéreos da cidade estão entre os mais movimentados do mundo.

A decisão afetará os aeroportos de La Guardia, John F. Kennedy International (JFK) e Newark, revelou o porta-voz da autoridade aeroportuária de Nova York e Nova Jersey.

"Apenas as chegadas serão suspensas", disse Steve Coleman, admitindo que a medida afetará "milhares de voos".

As partidas estão autorizadas, mas a maior parte das empresas aéreas já cancelou seus voos.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, determinou um esquema emergencial sem precedentes nesta sexta-feira, que inclui a paralisação dos transportes públicos. 

Fonte: Folha Online
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