Dezessete profissionais da Saúde do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) do Rio de Janeiro estão em Teresina para realizar 15 cirurgias durante uma semana em pacientes que precisam de operações de alta complexidade na coluna. 

Os pacientes foram selecionados em uma fila de 1.200 pessoas, onde foram escolhidos aqueles que precisavam de maior complexidade. Uma delas é Bruna Leiane, de 13 anos, que possui uma grande escoliose na coluna. Segundo o pai da jovem, o bombeiro hidráulico Jonas Ferreira da Paz, os médicos já haviam condenado o uso de aparelho ortopédico, que segundo eles, não iria resolver. 

“Eu já estava desesperançoso porque há cinco meses ela está na fila e tinha pelo menos 200 pessoas na frente. Mas com este mutirão que os médicos de fora estão fazendo, minha filha foi uma das selecionadas e a cirurgia dela está marcada para hoje. Estamos aguardando ansiosos para que dê tudo certo”, declarou Jonas. 

Os profissionais estão em Teresina através de um convênio com o Hospital Getúlio Vargas, que disponibilizou a logística e o centro cirúrgico, e o Into que enviou os profissionais e 15 containeres com equipamentos e material para a realização das cirurgias. 

De acordo com o diretor geral do HGV, Carlos Iglesias Brandão, a parceria traz três tipos de benefícios: “Primeiro, os doentes selecionados terão a chance de serem tratados por profissionais muito qualificados que só teriam acesso se fossem a grandes centros. O segundo benefício é para o HGV, já que os equipamentos de ponta que o Ministério enviou serão cedidos para o hospital e o terceiro é para os profissionais de Saúde do HGV que estão tendo a oportunidade de participar das cirurgias de alta complexidade e desenvolvê-las rotineiramente com o know how da tecnologia”, assinala.