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Cico prende três e vigilante da obra do MPF diz ser vítima de injustiça

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Ampliada às 20h

O vigia Domingos Pereira da Silva Santos foi preso por volta de 17h20min desta quarta-feira (12) em sua casa no bairro Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. A prisão dele e de outras três pessoas foi decretada pelo juiz Antônio Noleto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina, e foi pedida pelo delegado Paulo Nogueira, da Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico -, que preside o inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages. Detido por dois agentes, o vigilante alegou ser vítima de injustiça. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Dois policiais chegaram na casa de Domingos e apresentaram o mandado de prisão. Já consciente da decisão do juiz, ele não apresentou resistência. Pegou uma bolsa com pertences e entrou na viatura. Sua esposa queria ir junto, mas foi informada pelos agentes que só poderia seguir em outro carro. 


Domingos estava de plantão no dia 25 de agosto na obra do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí - TRT/PI -, por onde a estudante Fernanda Lages entrou para ter acesso à obra do Ministério Público Federal. Ele teve sua postura questionada por supostamente omitir informações. O vigia alega ter dito em seu depoimento ter visto somente uma mão abrir a porta da obra e depois a entrada de uma pessoa que parecia ser mulher. Para os promotores do Ministério Público que acompanham o caso, ele saberia mais do que isso. Em entrevista para a TV Cidade Verde, ele negou que estaria recebendo cestas básicas e visitas de pessoas estranhas a sua vizinhança.

Presos
José Francisco Feitosa, operário da obra do MPF/PI
Domingos Pereira da Silva dos Santos, vigia da obra do TRT/PI
Francisco Vital dos Santos Júnior, operário da obra do MPF/PI

Foragido (até 20h de quarta-feira)
Edson Rodrigues, vigia da obra do MPF/PI

CICO fala das prisões
Também foram presos José Francisco Feitosa e Francisco Vital dos Santos Júnior, operários da obra do MPF/PI que estiveram no local no dia do crime e já haviam prestado depoimento anteriormente. O vigia da obra do MPF, Edson Rodrigues, não foi localizado. A polícia continua a sua procura, mas também aguarda que ele compareça de forma espontânea. 

Delegado Armandino Pinto, da CICO

Armandino Pinto, presidente da CICO, informou que o delegado Paulo Nogueira, presidente do inquérito, dará esclarecimentos sobre as prisões nesta quinta-feira, quando os depoimentos dos presos serão tomados. Segundo ele, as prisões fazem parte de uma nova etapa da investigação e pedidos de novos mandados serão remetidos para a Justiça caso necessário. 

O delegado que comanda a CICO foi questionado sobre o fato do vigia Domingos já saber da sua prisão. O próprio vigilante, ao ser ouvido em casa pelo Cidadeverde.com, declarou ter conhecimento da chegada de policiais às 17h para buscá-lo. Armandino Pinto diz que a informação vazou para a imprensa, que pode acabar tendo informado o vigia, mas não sabe de onde partiu tal dado. Domingos foi preso às 17h30. 


Família protesta
Familiares e alguns vizinhos demonstraram revolta com a prisão de Domingos. A filha Lucirene Chagas, 21 anos, chegou a chorar ao dizer que o pai é inocente e está sendo injustiçado. Segundo ela, ele estava apenas trabalhando para sustentar os filhos. Por volta de 18h, o vigia chegou na Comissão Investigadora do Crime Organizado.

Cunhada do vigia, Ana Kátia das Chagas Silva chegou na Cico dizendo que a família não sabe de onde surgiu a advogada do vigia. "Se ela fosse advogada, estaria aqui. (...) O advogado dele é Deus. Ele está sozinho. Não tem dinheiro para pagar advogado", disse. Segundo ela, domingos está desempregado e passa por dificuldades até para alimentar a família. 



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Yala Sena (flash do local)
Fábio Lima (Da Redação)
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