O secretário de Segurança Pública, Raimundo Leite, explicou na manhã desta quinta (13) o motivo da prisão temporária dos vigilantes e dos operários da obra do MPF, onde Fernanda Lages foi encontrada morta. Segundo o secretário, eles estão presos porque "estão mentindo".
"Não se pode aceitar eles não saberem o que aconteceu naquela madrugada. Tantas contradições nos depoimentos. Pela localização que eles disseram que estavam na obra, pela simulação, não é possível que nenhum deles tenha visto o que aconteceu. Isso [a prisão] já era para ter acontecido, mas responsavelmente aguardamos a simulação. A contradição nos depoimentos fez necessários os pedidos de prisões", explicou o secretário, em entrevista ao Notícia da Manhã.
Thiago Amaral
Raimundo Leite afirmou ainda que essa é uma etapa das investigações e novas prisões podem ocorrer a qualquer momento. "Na hora em que a polícia tiver meios e chegado a alguma conclusão vai pedir novas prisões. Se tiver necessidade, pode ser o Papa, não vai escapar das algemas da Justiça", afirmou.
Um dos presos, segundo o secretário, afirmou que estaria deitado a 5 metros do local onde Fernanda foi encontrada morta.
Apesar das prisões preventivas decretadas, a polícia permanece sem ter confirmação de suspeitos do crime.
Sobre a informação de que a polícia teria a placa de um veículo Fox, cor prata, que teria sido visto seguindo Fernanda Lages do bar Pernambuco até a obra onde foi morta, Raimundo Leite limitou-se a afirmar somente que "a polícia tem elementos suficientes para saber com quem Fernanda falou, com quem ela bebeu, com quem ela esteve".
O delegado Paulo Nogueira chegou à sede da Comissão Investigadora do Crime Organizado pouco antes das 8h. Os depoimentos dos presos devem ser tomados durante todo o dia de hoje.
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Leilane Nunes
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