No Piauí, professores questionaram problemas ocorridos com o Exame Nacional do Ensino Médio - Enem - no Ceará, onde questões vazaram antes da aplicação das provas no último fim de semana. Além de pedirem apuração rigorosa do caso, eles querem a revisão da logística da aplicação dos testes. 

"Dez questões com as mesmas características. Isso aí é praticamente impossível de acontecer, numa prova de 90 você adivinhar 10 questões. Por isso é que precisa que haja uma investigação profunda da Polícia Federal", diz Clegivaldo Leal, professor de física e sócio proprietário do colégio Certo. 

Após a polêmica sobre o vazamento das questões, o Ministério da Educação decidiu anular as provas de 639 estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza/CE. Segundo a Agência Brasil, os alunos tiveram acesso a questões do Enem através de uma apostila distribuída pela escola semanas antes do exame. Os itens faziam parte de um pré-teste feito pela organização do concurso para avaliar o grau de dificuldade e a validade da prova. Ao invés de devolvidos e incinerados, os cadernos teriam sido repassados para um banco de questões do colégio, usado para produção de material preparatório. 

Os estudantes cearenses farão novas provas nos dias 28 e 29 de novembro. O MEC entendeu que houve quebra de isonomia, mas não entende que o concurso deva ser anulado. A Polícia Federal já investiga o caso. 

Da Redação