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Premiê grego pede a presidente reunião com a oposição

O premiê da Grécia, George Papandreou, pediu ao presidente do país para organizar negociações com o líder de oposição, Antonis Samaras, depois de uma reunião do gabinete neste domingo, afirmou uma fonte no gabinete do premiê. 

A televisão pública Net citou informações dos serviços de Papandreou sobre esta proposta, e indicou que fontes próximas a Samaras deram a entender que a iniciativa abriria caminho para um acordo.

Mais cedo, respondendo à exigência de Samaras de que Papandreou renuncie antes da formação de um novo executivo, o governo excluiu a possibilidade de renúncia do primeiro-ministro enquanto não existir "um acordo entre partidos" para formar um gabinete de coalizão.

Neste domingo, Papandreou se reuniu com seus ministros em uma sessão extraordinária do gabinete na busca de um consenso para formar um governo de união nacional, possivelmente com um novo líder.

"O país não deve ficar nem um dia sem primeiro-ministro e deve ter um governo de cooperação técnica", declarou o presidente do Parlamento, Filippos Petsalnikos, em sua chegada à sede parlamentar. 


A emissora de televisão pública grega Net informa que Papandreou está pronto para chamar o líder da oposição conservadora, Antonis Samaras, para se dirigir ao presidente da República, Karolos Papoulias, e assinar um governo de coalizão.

O ex-ministro socialista Tilemahos Hitiris se mostrou otimista quanto às negociações. "Acho que haverá hoje um acordo. A renúncia de Papandreou só se concretizará quando um novo primeiro-ministro for escolhido".

Antes de começar a reunião, em declarações divulgadas pela televisão pública Net, o vice-porta-voz do governo Angelos Tolkas afirmou que as forças políticas tinham obtido avanços substanciais nas últimas horas para formar um governo de união nacional.

Ele ressaltou que o novo governo deve conseguir um acordo sobre o segundo plano de resgate estipulado na cúpula europeia do dia 26 de outubro, que inclui o perdão de 50% da dívida grega com os investidores privados.


Renúncia
O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, deve renunciar ao cargo logo após a formação de um governo de coalizão, o que pode acontecer ainda neste domingo. A informação foi passada às agências de notícias por fontes do partido socialista Pasok, do qual o premiê grego faz parte.

Até o momento, entretanto, o gabinete do premiê em Atenas não confirmou oficialmente a informação. Fontes do governo excluíram a possibilidade de renúncia de Papandreou enquanto não houver um acordo para formar um governo de coalizão, mas não negaram que o premiê deva renunciar após o acordo.

"Não pode haver renúncia sem acordo sobre um governo, já que existiria um vácuo de poder. Antes é preciso um acordo interpartidário e designar um novo primeiro-ministro", afirmou uma fonte governamental citada pela France Presse, e acrescentou que o atual governo deseja que o acordo seja fechado ainda "hoje", domingo.

Outra fonte do partido governante indicou à France Presse estar "certa" de que Papandreou iria renunciar. "Há a possibilidade de que renuncie hoje [domingo], mas precisa de um acordo de governo", disse.

"Temos que encontrar uma pessoa que seja aceita por ambas as partes e depois renunciará", acrescentou.

De acordo com a rede de televisão CNN, o gabinete do premiê grego se reúne pela última vez neste domingo tendo Papandreou como primeiro-ministro.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, deve permanecer em seu cargo, de acordo com fontes citadas pela televisão grega. Entre os possíveis candidatos ao cargo de primeiro-ministro, estariam Petros Moliviatis e Loukas Papaimos, ainda segundo a TV local.

O novo governo de coalizão deverá durar um período de quatro meses, após o qual serão convocadas eleições.

O legislador do partido Pasok Telemachos Hitiris disse à televisão estatal grega que mais detalhes sobre o governo de coalizão serão divulgados após a definição do novo governante.

"Nós só temos que esperar os anúncios do primeiro-ministro no gabinete," afirmou ele. "Tudo precisa ser feito dentro de um dia, ou amanhã será um inferno."

Hitiris disse que devem ser realizadas eleições depois que a Grécia cumprir suas obrigações com os parceiros da zona do euro, fixando o calendário para em torno de janeiro ou fevereiro. 

Folha Online
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