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Documentário de cineasta piauiense será lançado em Blu-Ray em 2012

O documentário "Na Estrada Com Zé Limeira", do cineasta piauiense Douglas Machado, vai ganhar as telas da TV em 2012. Além da exibição em um canal de TV por assinatura, o filme que trata da vida e obra de um dos mais famosos cordelistas brasileiros será lançado em Blu-Ray, dentro de um livro com fotografias das gravações.

Fotos: Gardênia Cury
Gravações do filme "Na Estrada Com Zé Limeira"

De acordo com Douglas Machado, antes disso o filme seguirá sua exibição em sessões comentadas ao longo do primeiro semestre de 2012. "Iniciamos as exibições em junho, na Casa da Cultura, ainda sob a direção de Yolanda Carvalho. Depois, o documentário foi exibido no Recife [Encontro Internacional de Sociologia e na I Virada MultiCultural], Teixeira, Campina Grande, em Porto Alegre [na Feira do Livro de Porto Alegre], em São Luís e no Rio de Janeiro", comenta.

O filme que será lançado no próximo ano no Canal Brasil, voltado para produções nacionais, demorou três semanas para ser gravado. Para narrar a história do "Poeta do Inferno", como é conhecido Zé Limeira, Douglas Machado e sua equipe percorreram mais de 4 mil quilômetros, com locações concentradas na Paraíba e algumas sequências em Pernambuco. Entre os destaques do documentário estão os encontros com João Furiba e Pedro Amorim, que tocaram com Zé Limeira nas décadas de 1940 e início de 1950. O trabalho foi patrocinado pela construtora Sucesso e gráfica e editora Halley, com apoio do Núcleo Ariano Suassuna de Estudos Brasileiros.


"O convite foi feito por João Marcello Claudino. É dele o argumento. Para dar início ao projeto, fiz uma viagem de pesquisa pelo Sertão da Paraíba e Pernambuco e quando voltei, apresentei a estrutura narrativa e estética que eu gostaria de colocar no documentário. Ele aprovou e iniciamos as gravações em fevereiro deste ano. O Sertão estava verde com chuvas e isso, para mim, era uma oportunidade de mostrar uma outra faceta deste nosso Nordeste. Tudo foi gravado em "primeiro take", sem ajustes prévios. De certa maneira, eu me apropriava do "repente", do fazer o verso no calor da hora, como estética do documentário", conta Douglas Machado.

Nas sessões comentadas com o público, Douglas Machado conta como foi mergulhar na memória do repentista. "Cada conversa sobre Zé Limeira terminava por nos levar a outras pessoas. E neste tecido da memória oral, costuramos um Zé Limeira que trafega entre os escritos de Orlando Tejo [livro "Zé Limeira - O Poeta do Absurdo"] e o que ficou registrado na vida dessas pessoas".


Carlos Lustosa Filho e Fábio Lima
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