Cidadeverde.com

Calçadão Popular: Ambulantes reclamam de crimes no local

Os vendedores ambulantes do Calçadão Popular, localizado no cruzamento das ruas Paissandu com Firmino Filho, no Centro de Teresina, reclamam dos constantes assaltos e tráfico de drogas no local e dizem que vão abandonar o ponto e voltar às ruas.
 
De acordo com os vendedores, o pior período é à noite, entretanto é frequente a incidência dos crimes também durante o dia. “Esse é um local de reunião dos viciados. Toda hora que cometem um roubo, eles atravessam o calçadão correndo. Depois do Natal pretendemos abandonar o galpão e entregá-lo para os vagabundos”, afirma Marcos Antonio dos Anjos, um dos ambulantes.
 
Segundo o vendedor, cerca de 80 ambulantes já deixaram o Calçadão Popular por conta dos assaltos.  “A segurança é zero. Eu mesmo não tenho coragem de investir no ponto”.
 
Outra comerciante identificada como Joseane da Silva, que está há um ano no Calçadão, contou que na última segunda-feira(28), uma cliente foi assaltada dentro do estabelecimento. “Até a gente aqui dentro, eles roubam. Eu tenho medo de um arrastão. Ontem a cliente saiu correndo quando roubaram o colar dela”, disse Joseane, que teme não conseguir outro ponto. “Não temos para onde ir, no Shopping Cidadão não tem mais boxes”, lamenta.
 
A reivindicação por policiamento é comum a todos os camelôs. “A polícia sabe quem são, mas não os prende, preferem ficar apontando o local como a cracolândia, mas não faz nada a respeito”, destaca uma comerciante que não quis se identificar.

Polícia
Em resposta às reclamações dos comerciantes, o coronel José Fernandes Alburquerque, alegou que há policiamento ostensivo no local, mas se trata de um problema social. "Não é que a polícia não prenda. Todos os dias fazemos apreensões lá, mas legalmente essas pessoas não existem, não têm identidade e não moradia e logo são soltos pela Justiça", afirmou. 

Apesar disso, o comandante garantiu que determinará à Codam (Companhia Cosme e Damião), uma investigação. "Se for necessário trocaremos os policiais, que fazem ronda no Calçadão". 

O educador social do Semtcas, Leomar Ferreira, confirmou que existem ações sociais que englobam moradores de rua da região. "Todos os dias, alguns dos nossos do membros, vão ao local realizar ações pedagógicas de diálogo na tentativa de sensibilizar os moradores de rua, para que busquem resgatar seus direitos, suas famílias e sua dignidade".

Flash de Jordana Cury
Redação Caroline Oliveira 
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais