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Acusada de levar bebê entrou em enfermaria; veja detalhes

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Diretor da Maternidade Evangelina Rosa, Joaquim Parente, conversou com o CidadeVerde.com e contou detalhes sobre o rapto do bebê da Maternidade Evangelina Rosa e a prisão da acusada, Naiara Raquel Barbosa Silva, 27 anos, que aconteceram nesta terça-feira (6). 


O médico contou que a mãe da criança, cujo nome não foi revelado, é jovem e havia sido submetida a um parto cesariana. A acusada do crime teria conseguido entrar facilmente na Maternidade porque estava de jaleco e com um estetoscópio se passando por funcionária da Saúde. “Ela entrou em várias enfermarias até chegar no quarto onde estava a mãe e do bebê. Lá, ela perguntou se a criança tinha sido vacinada; a mãe disse que sim. Depois ela disse que iria levar a criança para pesar e saiu”, conta o médico. 

Fotos: Jordana Cury / Cidadeverde.com

Ele explica que, após o rapto, os pais da menina, que tinha três dias de nascida, ficaram bastante abalados. “O pai chorava muito e a mãe se sentia muito culpada por ter entregue a filha à falsa enfermeira”. 

Resgate
Por volta das 21h, a Polícia Militar recebeu uma ligação anônima que dizia que na rua Costa Rica, bairro Cidade Nova, havia uma mulher que estaria com uma criança, sem ter estado grávida. “Eu mandei primeiro um policial à paisana para verificar a veracidade da informação. Ele foi à maternidade levou a avó da criança e um enfermeiro e foram até o local. Mas a avó não conseguiu identificar. Depois eles voltaram e pegaram a mãe, que identificou a acusada e a filha”, descreve o coronel Albuquerque, comandante da ação. 


Albuquerque disse que, em seguida, pediu para um civil convencer a acusada a colocar a criança no berço, com medo de qualquer reação. A abordagem aconteceu depois que o bebê foi liberado. 

“Primeiro pensei que ela tivesse problemas mentais, mas depois de uma conversa, percebi que ela era bem resolvida. Disse que era estudante de enfermagem de Timon e que adquiriu a criança através de uma terceira pessoa para quem pagou a quantia de R$ 1.200. Disse também que por ser estudante da área de saúde tem acesso fácil à maternidade e a outros hospitais”, pontuou. 

Naiara disse ainda à polícia que havia perdido um filho recentemente por isso precisava de uma outra criança. 

Mudança
Até o momento, a polícia não conseguiu identificar o suposto o funcionário que teria ajudado a acusada. Entre as perguntas a serem respondidas estão como a jovem saiu com um cartão de alta, se não entrou grávida e como visitou as enfermarias sem ser questionada, se não fazia parte do grupo de serviço da maternidade.

O diretor da Maternidade Evangelina Rosa, Joaquim Parente, ressaltou que graças ao sistema de câmeras da maternidade e da divulgação da imprensa foi possível encontrar o bebê. 

“Há uma portaria de controle de acesso. Na maternidade só se entra com crachá. Entretanto, a ação da acusada foi inusitada porque ela entrou com jaleco e estetoscópio e se apresentou como funcionária da Saúde. Agora, a maternidade irá reter um documento de identificação com foto e implantar um sistema eletrônico de vigilância por 24h”, declarou. 

Segundo o diretor, a mãe da garota, que teve a filha seqüestrada passará por uma avaliação psicológica, porque passou momento de estresse e ansiedade significativos e a alta depende da opinião da psicóloga.


Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho

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