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Pesquisas indicam que maioria no Pará é contra a divisão do Estado

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Ás vésperas do plebiscito sobre a divisão do Pará em três Estados, manifestantes favoráveis à criação do Estado de Tapajós bloquearam ontem o Rio Amazonas com dezenas de canoas, em frente ao porto de Santarém, impedindo o tráfego de navios carregados de bauxita.


Enfeitadas com bandeiras do movimento pró-Tapajós, as canoas com motor de popa - chamadas de "bajaras" na região - tentaram impedir a passagem de navios carregados de bauxita oriundos de Oriximiná, cidade localizada cerca de 200 quilômetros rio acima.

O município é sede da empresa Mineração Rio Norte. Segundo a assessoria de imprensa da frente pró-Tapajós, um navio conseguiu furar o bloqueio, mas outro ficou retido. A Capitania dos Portos em Santarém se mobilizou para evitar eventuais choques de embarcações durante o protesto.

Segundo os separatistas, o bloqueio da bauxita - minério utilizado na fabricação de alumínio - é uma forma de atacar simbolicamente o modelo econômico de exploração da região. Para os defensores de Tapajós, as riquezas provenientes da mineração não trazem benefícios para a população, a quem consideram "abandonada" pelo governo paraense.

A causa separatista conquistou a imensa maioria da população de Santarém e dos municípios vizinhos, e também a de Marabá e arredores, onde ficará sediado o Estado de Carajás, caso a divisão seja aprovada no plebiscito de amanhã.

Mas a possibilidade de isso acontecer é remota: pesquisas indicam que o "não" à separação é majoritário em Belém e nas grandes cidades da região metropolitana, onde se concentra a maioria do eleitorado.

Fonte: Estadão
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