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Núcleo do Dirceu ocupa Teatro Cacilda Becker no Rio de Janeiro

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Em dezembro, o Núcleo do Dirceu participa do Manifesta!, projeto que desde setembro ocupa o Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro. No dia 15 de dezembro, o coreógrafo e pesquisador Marcelo Evelin apresenta o manifesto Shana em Chamas. E nos dias 16, 17 e 18 serão apresentados os espetáculos Eu tenho algo a dizer, de Cleyde Silva, e What can I do?, de Izabelle Frota & Jacob Alves. Os três trabalhos são realizados em parceria com o Núcleo do Dirceu. Mais informações no site: www.manifestacacildabecker.wordpress.com 
 
Para além de nostalgias, o projeto Manifesta se inspira nos manifestos de arte antes de tudo como marca de existência e voz de uma comunidade em especial, a dos artistas da dança, um dialogo entre pares potencializado na sua partilha pública. Com uma programação pensada com o fundo do que os manifestos podem ainda suscitar e provocar em termos de diálogo, confronto e partilha de ideias e visões, Manifesta vai buscar na parceria com um grupo de artistas e pensadores, o meio ideal de ocupar, habitar e compartilhar com opúblico esse presente comum.
 
Eu tenho algo a dizer
O solo iniciado no projeto coLABoratório 2010 traz um questionamento do papel da mulher na cultura hip-hop. Partindo da premissa de que esta é uma cultura de confronto, o espetáculo cria um ambiente de ring e estabelece uma provocação de contornos femininos para esta forma de expressão artística gestada nas ruas. Uma outra articulação possível, e igualmente combatente, feita de gestos e dizeres próprios do corpo da mulher. O feminino tem algo a dizer para a cultura hip-hop?

O coLABoratório é uma realização da Associação Cultural Panorama (RJ) em parceria com o Núcleo do Dirceu.

Ficha técnica | Concepção e performance: Cleyde Silva; Assistente de criação: Kayllon Arruda; Arquitetura de cena e Desenho de luz: Jacob Alves; Produção executiva: Caio César de Andrade; Direção de produção: Regina Veloso; Fotografia: Jell Carone; Realização: Núcleo do Dirceu.
 
What can I do?
O espetáculo é uma reflexão em torno do erotismo feminino e desconforta o espectador pouco habituado à percepção deestereótipos que sustentam os ideais da beleza corporal hoje em expansão. Osilicone, a “loirificação”, o botox, o culto à anorexia e os rebolados excessivos nos programas de tevê. A obra retoma a ideologia de uma “liberação do corpo”, dos anos 1960-1970, quando a exposição e a sexualização do corpo feminino indicavam um posicionamento revolucionário. Hoje essa exposição virou critério de aceitação e o cunho subversivo aí embutido se perdeu na linha do tempo. O que antes era exceção tende a virar regra. O que fazer diante desse cenário?


Ficha técnica | Concepção e criação: Izabelle Frota & Jacob Alves; Performance: Izabelle Frota; Arquitetura de cena, Desenho de luz e Fotografia: Jacob Alves; Produção executiva: Caio César de Andrade; Direção de produção: Regina Veloso; Realização: Núcleo do Dirceu.
 
Shana em Chamas
O Núcleo do Dirceu manifesta o corpo, voz, ética, glamour e presença de Shana de Sousa! Nascido Wilson de Sousa, em 1959, Shana é mulher, órfã desde os 9 anos e surda aos 14 anos por causa de uma meningite. É atriz desde os 20 anos, fazendo, sobretudo, monólogos que continua a escrever e interpretar. Ela é formada em Comunicação Social pelo CEUT - Centro de Ensino Unificado de Teresina - e está construindo um teatro de 100 lugares em sua casa, no bairro do Grande Dirceu, Teresina, Piauí. Shana é mito e diva! Um corpo em chamas inflamando o presente.

Ficha técnica| Performance: Shana de Souza; Criação: Caio + Izabelle Frota + Marcelo Evelin + Shana de Sousa + Núcleo do Dirceu; Fotografia: Layo Bulhão.

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