O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chorou por várias vezes no velório do piauiense Milton Vasconcelos Filho, o Miltinho, 37 anos, na noite deste domingo. Acompanhado da noiva, Mila Ferreira, o ministro lembrou os últimos momentos que esteve com o assessor e acredita que ele fez uma agenda de despedida. 

Bastante abalado, o ministro lembrou que conheceu Miltinho quando trabalhava com o presidente Lula. “Desde aquela época eu dizia a ele que era a pessoa mais competente para tocar o cerimonial. Eu falava para ele que se eu assumisse qualquer Ministério, e já tivesse acabado o governo de Wellington (Dias), ele iria trabalhar comigo”. 

“O mínimo que nós do Ministério da Saúde poderia fazer era acompanhar o retorno dele aqui ao Piauí. Assim como o povo do Piauí nos deu Miltinho à gente precisava voltar ao Piauí para trazer o Miltinho de volta a sua terra, a sua família e os seus amigos”. 

“Miltinho aliava competência, profissionalismo, alegria o tempo todo, respeito a diversidade. Figura que o tempo todo era agregadora”.

O Ministro destacou que recebeu mensagem do país inteiro com a morte do assessor. “Estamos todos de luto. Recebo quantidade enorme de mensagens das pessoas que não está acreditando no que aconteceu”.

Padilha ressaltou que parecia que Miltinho fez uma agenda para se despedir. Ele lembrou que o assessor foi à Batalha na quinta-feira, depois fez questão de colocar na agenda uma pauta em Parnaíba.

“Na viagem de Fortaleza a Campinas, Miltinho veio brincando com sua equipe. Até guerra de travesseiro fizeram no avião e a última palavra que ele se dirigiu a mim foi quando eu estava saindo do avião, e ele estava muito feliz, e me deu uma camisa do SUS”, lembrou Padilha.