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Flamengo enfrenta Londrina e crise: meta é manter bola nos pés

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O Flamengo entra em campo pela primeira vez no ano na noite desta quinta-feira, às 20h30, no Estádio do Café, em Londrina, para um jogo-treino de uniforme, como definiu pessoa da comissão técnica da equipe carioca. Contra o Londrina, logicamente uma vitória vale confiança, um começo com pé direito, mas o que o técnico Vanderlei Luxemburgo realmente quer ver é um time que sabe prender a bola, encurtar os espaços e dosar o desgaste, já pensando na altitude de Potosí. Se a adaptação à altitude ainda não começou, pelo menos a concentração do grupo já será posta à prova, levando-se em conta a semana conturbada na pré-temporada da equipe.


Foram colocados à venda 30 mil ingressos e a expectativa é grande em relação a Ronaldinho Gaúcho, que completa um ano de clube nesta quinta-feira. O camisa 10 chegou fino a Londrina, tem se dedicado aos trabalhos da pré-temporada e apresenta um percentual de gordura de 9%, o menor desde que foi contratado. O craque também não escapa da polêmica. Está há cinco meses sem receber a maior parte do seu salário devido a um impasse entre Flamengo e Traffic, que banca 75% dos seus vencimentos. A questão deve ser resolvida nos próximos dias, sendo saldada a dívida de R$ 3,75 milhões com o jogador.


Luxemburgo, por sua vez, luta para não deixar a crise interferir no campo. Nesta semana, depois de jogadores confirmarem publicamente a insatisfação por falta de previsão do pagamento de direitos de imagem e luvas atrasados, o técnico foi chamado como bombeiro após declarações do vice de finanças Michel Levy, chamando os atletas de marqueteiros. Porém, jogou ainda mais combustível na crise e foi necessária a interferência da presidente Patrícia Amorim para que o problema não se tornasse ainda maior. Os mesmos jogadores que cobraram os atrasados reconhecem que o ambiente anda pesado.


“Acho que poderia ser melhor a atmosfera, sim. Temos de estar felizes porque fomos para a Libertadores, era o objetivo. Essa pré-temporada podia ser mais leve, mais tranquila, mas temos de estar com a cabeça erguida porque estamos cumprindo as nossas obrigações. Aqui no Flamengo tudo repercute muito, acho que é normal ter essa repercussão pelo q foi dito. Sempre foi um caldeirão”, analisou Deivid.


O atacante também destacou outro fator interessante. Ainda sem enfrentar os efeitos da altitude boliviana, que será adversária na partida pela pré-Libertadores, contra o Real Potosí, Deivid admitiu que, apesar de o time estar trabalhando forte, deverá encontrar um Londrina melhor fisicamente pela frente. E terá de superar justamente com o que exige Luxemburgo: valorização da posse de bola. “Sabemos que não estamos fisicamente iguais ao Londrina, mas vamos nos esforçar para jogar bem. Está boa a pré-temporada, acredito que estamos bem preparados”, completou.


Outra questão que incomoda, especialmente a comissão técnica, é a ausência de reforços. O clube não teve sucesso na negociação por Vágner Love, que ainda tenta convencer o CSKA a liberar sua transferência por um valor abaixo do que foi pedido, e as conversas pela permanência de Thiago Neves, embora pareçam direcionadas a um final feliz, se arrastam desde dezembro. Oficialmente, até o momento, apenas o lateral Magal e o atacante Itamar foram apresentados.


 A dupla já ganhou até música nas brincadeiras do elenco, que fez paródia com “Sandra Rosa Madalena”, de Sidney Magal: “Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar, quero ver o Magal cruzar pro Itamar”, diz a letra entoada por David Braz enquanto os dois corriam em volta do gramado no CT da SM Sports. Um dos raros momentos de alegria na pré-temporada em Londrina.




Fonte: IG
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