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Enfermeiro acusado de agressão no HUT se defende e contesta colega

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O enfermeiro Rui Cipriano de Araújo Júnior procurou o Cidadeverde.com nesta sexta-feira (27) para se defender das acusações de agressão a uma colega de trabalho no Hospital de Urgência de Teresina - HUT. Em sua versão, ele admite ter dado um empurrão na técnica de enfermagem Maira Frazão e pede desculpas, mas afirma que o incidente só ocorreu depois que ela o xingou e acertou uma medicação no seu olho. O funcionário do hospital ainda vê contradições entre o depoimento da denunciante e a entrevista à TV Cidade Verde, e pretende acionar a Justiça após ser inocentado.


Maira denunciou que a confusão no plantão do dia 15 de janeiro ocorreu por conta da escolha de um paciente prioritário no hospital e disse ter escolhido uma pessoa e, por isso, contrariou o enfermeiro, que, na versão dela, a agrediu verbalmente antes de dar um tapa e a derrubar no chão. "Eu não fui escolher paciente porque a gente não escolhe paciente. Eu não tenho paciente para dar prioridade. Eu avalio o paciente e vejo qual tem maior gravidade", explica o denunciado. 


Rui afirma que estava lotado no rol do hospital no plantão daquele sábado, enquanto Maíra trabalhava na emergência masculina, para onde um paciente identificado por ele foi transferido com aval de um médico. "Meira hora depois, trazem de volta o paciente. Isso sem aval do médico. (...) Quando abri o prontuário, vi que não tinha sido feito nada (com ele)", conta o enfermeiro, que declara ter ido até o outro setor perguntar o que havia ocorrido e buscou a chefe do setor. "Por hierarquia, eu tenho que me reportar à chefe do setor. Não foi por ter desdenhado a classe técnica. Ela (Maira) não gostou, se intrometeu e eu disse: não estou falando com você".

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Depois disso, de acordo com o enfermeiro, vieram as agressões verbais. "Ela me chamou de idiota. Quando ela me chamou, eu perguntei: do que você está me chamando?". Em seguida, a técnica de enfermagem teria jogado uma medicação no olho de Rui, que tem um problema de visão, e afirma ter saído em direção ao rol para lavar o rosto. "Ela veio atrás de mim, me chamando de covarde", acrescenta. Ele afirma ter empurrado Maira, que tropeçou e caiu no rol do hospital. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

"Foi uma discussão que aconteceu e tomou grandes proporções. Aproveito aqui para pedir desculpas, porque estou extremamente arrependido do que aconteceu. (...) Acho que o fato de eu ter empurrado ela isso sim, é um erro. Mas ela também não é isenta de culpa pelo fato dela ter me xingado, ter jogado o medicamento no meu olho. (...) Ela quer fazer disso uma briga de classe", declara Rui Araújo. 
 
O enfermeiro afirma ainda que foi até a polícia prestar declarações em função da queixa registrada pela técnica de enfermagem. Segundo Rui, no depoimento dela consta que ele deu um murro na colega. "Eu desafio ela a me mostrar o exame de corpo de delito", diz o denunciado, alegando que o soco de uma pessoa do seu porte físico ficaria evidenciado em uma mulher. "Vou entrar com processo por danos morais. Antes de ser julgado, ninguém pode fazer pré julgamento", acrescenta Rui, que vai esperar o término das investigações para acionar a Justiça. "Vão ter que provar que eu dei soco nela". 

Rui Cipriano de Araújo Júnior trabalha como enfermeiro há quatro anos. Ele nega ter desavenças com colegas de trabalho em outras empresas que esteve e afirma ter recebido telefonemas de colegas do próprio HUT se manifestando a seu favor. O servidor do hospital também esclarece ter sido afastado dos plantões noturnos e tem se ausentado do serviço nos outros turnos porque pediu 15 dias de férias após o incidente. "O constrangimento não é só para mim e nem para ela, é para a família de todos."

Fábio Lima
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