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Polícia pede perícia de voz para esclarecer caso de fotógrafo preso

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Circula nas redes sociais uma campanha contra a prisão do fotojornalista Joel Marques Cardoso, acusado de integrar uma grande rede do tráfico de drogas no município de Picos (306 km de Teresina). Joel foi preso na Operação Segor, deflagrada pela Polícia Civil na última quinta-feira (9).

Fonte: Facebook

Segundo o texto produzido pelos participantes da campanha, Joel Cardoso é um homem pacato, coordenador de grupos religiosos e estudante universitário do último período de jornalismo. Eles afirmam que a prisão aconteceu porque o celular do acusado teria sido furtado por alguém do tráfico e grampeado pela polícia durante as investigações.

O erro, de acordo com as informações da campanha, já foi comunicado à polícia, entretanto, o fotógrafo continua preso na Casa de Custódia em Teresina.

Resposta da Polícia

O titular da delegacia de Entorpecentes, Salmuel Silveira, confirmou que o celular de Joel foi grampeado e que foi avisado de que o objeto teria sido furtado. Para esclarecer o fato, ele afirmou que pedirá uma perícia da voz do acusado, que deverá ser realizada nesta segunda-feira (13).

"Não é de interesse da polícia manter um inocente preso. Nós trabalhamos para proteger os inocentes, não para prendê-los. Então, se ele for de fato inocente, será liberado, até porque a prisão dele é temporária, não preventiva", argumentou o delegado.

Silveira explicou que o fotógrafo é suspeito de ser um "Mike", termo usado para denominar traficantes. "Pode ser que seja verdade o roubo do celular, mas a prisão dele foi uma ação legítima da polícia, porque tudo apontava para o fato de ele ser um Mike. Até a rua onde ele reside levanta suspeitas", destacou.

Familiares e amigos de Joel Cardoso questionam na campanha o momento da prisão. De acordo com eles, o fotógrafo foi preso na frente da esposa e dos filhos (um deles ainda menor de idade) e teve a casa revirada. "Mas, ele tinha um mandado de prisão e busca e apreensão. Agimos dentro da lei. Estão querendo transformar isso em um absurdo, mas não é. Tínhamos uma ordem", explicou o delegado.

Jordana Cury
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