A notícia de que o ator Sacha Baron Cohen teria sido impedido de participar da cerimônia do Oscar correu ontem à noite pela imprensa internacional, mas foi logo desmentida --em partes-- pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

O motivo do banimento seria a intenção de Cohen de ir à premiação vestido como seu personagem em "O Ditador", que usa trajes semelhantes aos de Saddam Hussein e Muammar Gaddafi. Em seu novo filme, ele governa a República do Wadiya, nação fictícia no Oriente Médio.

"Nós não o banimos", afirmou um porta-voz da Academia ao "Hollywood Reporter". "Só queremos saber o que ele vai fazer".

De acordo com o site "Deadline", Kimberly Rouch, diretora da Academia, teria retido os convites destinados a Cohen até que ele garantisse que não apareceria no tapete vermelho fantasiado e que não faria nenhum tipo de divulgação de seu novo filme no local. Com o pé atrás, a organização teria deixado claro que, sem a promessa, os convites não seriam despachados.

Em 2007, ele foi chamado pela Academia para apresentar um prêmio, mas se recusou por não poder ir vestido como Borat, seu personagem mais conhecido. Em 2009, Cohen foi ao MTV Movie Awards vestido como seu personagem gay Brüno e se envolveu em uma brincadeira com o rapper Eminem durante a premiação.

Cohen foi convidado ao Oscar por sua atuação em "A Invenção de Hugo Cabret", filme de Martin Scorsese que concorre a 11 estatuetas.

A entrega dos prêmios será realizada no domingo (26), no teatro Kodak, em Los Angeles, com transmissão no Brasil pela emissora Globo e pelo canal pago TNT.