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Comissão de médicos visita Hospital Infantil e denuncia abandono

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Uma comissão de médicos do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) esteve no Hospital Infantil Lucídio Portela para verificar a situação da estrutura física da unidade de saúde. A visita foi feita nesta quarta-feira(07) por todo o hospital. 

Segundo o médico Samuel Rego, a situação é gravíssima e de total abandono. O hospital está passando por uma reforma há seis anos. 


"A situação do Hospital Infantil é de total abandono. O HI já vem passando por reforma há seis anos, sendo que levou apenas dois anos para ser construído. As enfermarias estão abandonadas, portas arrancadas, leitos sem colchões e empilhados. Na UTI não existe uma incubadora e o aquecimento é realizado com lâmpadas incandescentes que não proporciona aquecimento eficaz fazendo com que os recém-nascidos estejam sujeitos a morrer por hipotermia”, destacou o médico. 


Ele informou ainda que dos nove leitos da UTI, apenas cinco estão funcionando. “Os demais foram desativados devido aos equipamentos quebrados. O sensor de oxímetro utilizado (aparelho que afere a concentração de oxigênio no sangue) é o mesmo utilizado em adultos (impróprio para crianças) e que acaba por provocar necrose (morte das células) do dedo podendo chegar à necessidade de amputá-lo", destacou.




Direção

A diretora geral do Hospital Infantil, Maria José Lima Matos, afirmou que não participou da visita e que as fotos mostram o lado que ainda não passou pela reforma. Segundo ela, uma grande parte das enfermarias, leitos de UTI, já reformados já estão sendo utilizados.

 

“Eles não foram nas enfermarias climatizadas, que tiveram os leitos aumentados e que as mães estão satisfeitas? Não entendo!”, questionou a diretora, afirmando ainda que a promotora Cláudia Seabra, do Ministério Público, esteve na hospital, visitando todas as instalações. 

Segundo a diretora, a reforma está nos acabamentos, sendo que um lado já está pronto. “Já existem sete enfermarias prontas e três estão nos últimos reparos, consertando o que está quebrado”, declarou. 


Ela também disse que conseguiu levar uma central do SUS de marcação de consulta para facilitar para os pais. “O Sindicato deve lutar pela relação trabalhista, salários dignos e condições dignas de trabalho. Reivindicar por equipamentos, compete a nós gestores e ao Ministério Público”, afirmou. 



Caroline Oliveira
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