Cidadeverde.com

Marília Pêra confessa: “Gostaria de ser eterna”

Imprimir
Nos palcos, Marília Pêra já foi Carmen Miranda, Dalva de Oliveira, Maria Callas e Coco Chanel. No momento, ela, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, vive Maruschka, vilã traída pelo marido, Alberto (Herson Capri), em "Aquele Beijo", novela de Miguel Falabella. Filha dos atores Dinorah Marzullo e Manuel Pêra, Marília, hoje com 69 anos, estreou no palco aos 4. A carreira inclui dezenas de peças e trabalhos na televisão, além de personagens marcantes no cinema, como a prostituta Sueli de Pixote, a "Lei do Mais Fraco" (1981), sucesso internacional que lhe rendeu um convite para atuar em Nova York. “Não tive coragem por causa do meu inglês”, diz. 
Mãe aos 18 anos do músico e ator Ricardo Graça Mello, 50, do casamento com Paulo Cesar da Graça Mello, tem ainda duas filhas, as atrizes Esperança Motta, 36, e Nina Morena, 31, da união com o jornalista Nelson Motta. Foi casada com o psicanalista Ricardo Przemyslaw, e há 15 anos vive com o economista Bruno Faria, de 49. A diferença de idade, garante, nunca pesou.

“Nem imaginava que a gente fosse ficar junto tanto tempo”, afirma. Louca para ter netos, Marília ama ópera, detesta barulhos altos e filmes violentos, coleciona orquídeas e tem em casa, no Rio de Janeiro, uma cadela buldogue francês de 3 anos, Florence, homenagem à protagonista de Gloriosa, sua última peça, em 2008. A volta aos palcos será após Aquele Beijo – um show com canções de Herivelto Martins. Depois, nova parceria com Falabella em Hello, Dolly!, clássico da Broadway. 

Para 2013, fica o espetáculo com Thiago Soares, primeiro-bailarino do Royal Ballet de Londres. “É um monólogo e eu dançaria com ele. Preciso ficar magrinha, para Thiago me levantar para cá e para lá”, diz. Pura modéstia. As costas eretas e o jeito delicado revelam o passado de bailarina da atriz, que mantém o peso que tinha aos 17 anos: 48 quilos, distribuídos em 1,60 metro. “Estou conservada, né?”, brinca. Está, sim. 

Maruschka sofre porque foi traída pelo marido. Você já foi traída? 
Todo mundo já foi traído. Tinha essa ilusão da juventude de que amigo é para sempre. Tento não machucar as pessoas. Não me lembro de ter traído amigos, não em sã consciência. 

E amores? 
Acho que fui leviana com amores na juventude, porque sou de uma geração que vem com a liberdade sexual. Me casei com 17 anos. Era uma menina, me separei com 18, já com filho. Então namorei, namorei, traí um pouco, namorei dois, essas coisas (risos). 

Você está com o Bruno há 15 anos. Qual é o segredo? 
Paciência. Tem que dar folga, deixar a pessoa ser chata e entender que você também é chata. Conviver é uma arte. De vez em quando preciso da minha solidão, sem filhos, sem marido. Há momentos em que a gente esquece um pouco do outro. 

Quer viver até os 90, os 100? 
Minha mãe tem 93 anos e sempre que ela se diz cansada da vida eu falo: “A mãe do Caetano Veloso tem 104, vamos lá. Oscar Niemeyer tem 104, não apronte”. Gostaria de ser eterna, ficar no mundo descobrindo coisas novas. 

Já fez plástica? 
Fiz um lifting há dez anos, hoje não tiro nem a sobrancelha. Não ponho botox e não pretendo fazer mais nada, não quero sentir dor. Fico com as rugas. Minha preocupação é decorar o texto. Quero estar bonitinha, mas não sofrer por beleza. 

De onde vem a fama de ser uma pessoa difícil? 
Sou muito difícil. Não dou muitas entrevistas, não aguento ser invadida o tempo todo. Preciso da minha quietude. Sou CDF, não mexo no texto do autor. Quando sinto que vou ultrapassar meus limites, vou embora. Aí, as pessoas dizem que sou diva.



Fonte: Quem
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais