As comemorações pelos 189 anos da Batalha do Jenipapo foram marcadas por homenagens e chuva durante parte da peça que dramatiza o confronto pela independência do Piauí ocorrido em Campo Maior, 78 quilômetros ao Norte de Teresina. As festividades foram encerradas no início da noite desta terça-feira (13) e também tiveram protestos de professores em greve. 

Foram entregues as comendas Heróis do Jenipapo, concedida pela Prefeitura de Campo Maior, e Mérito Renascença, do Governo do Piauí, a maior do Estado. Entre os homenageados estão o cantor e compositor José Quaresma, do grupo Validuaté, e o artista gráfico Tupy Neto. "Sinto-me prestigiado em ser homenageado, ainda mais por ser uma homenagem em vida, declarou. 

O Banco Mundial também foi homenageado com a comenda, recebida pelo seu diretor para o Brasil, Makhtar Diop. Ele foi um dos responsáveis para agilizar o empréstimo de 350 milhões de dólares que serão usados para liquidar um outro empréstimo feito pelo Estado, além de investimentos em projetos de infraestrutura, saúde, educação, desenvolvimento agrário e arranjos produtivos. 

O prefeito de Campo Maior, Paulo Martins (PT), brincou e disse que "Deus é campomaiorense", ao falar das conquistas obtidas pelo município. 

O governador Wilson Martins (PSB) falou rapidamente. Ele lembrou a existência do projeto que reconhece o 13 de março como data nacional e torce pela sua votação e aprovação neste ano. O gestor lembrou a história dos heróis do Jenipapo e agradeceu a todos pela presença.

Vaiado por manifestantes que cobram aumento de salário dos servidores da educação, Wilson Martins disse respeitar o movimento. "Isso é uma maneira democrática da classe expor seus sentimentos e, em outros tempos, se as pessoas se expressassem elas eram amordaçadas", declarou, em referência aos anos de ditadura no Brasil. "Esse é o caminho para a construção de uma democracia digna. A manifestação não muda o apreço que tenho pelos professores e é a saída para discutir e acatar o desejo pros professores", acrescentou.