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Paralisação suspende visitas nas penitenciárias do Estado

Atualizada às 10h00

Os agentes penitenciários do Piauí iniciam nesta quarta-feira (14) uma paralisação de 48 horas. A categoria está concentrada em frente à Casa de Custódia nesta manhã em protesto contra as precárias condições de trabalho. Com a paralisação, as visitas aos presos estão suspensas.

Fotos: Daniel Marques

Em carta aberta, os agentes afirmam que lutam a favor da convocação imediata dos agentes concursados, pela melhoria no funcionamento das unidades prisionais, pelas alterações propostas no Estatuto dos Servidores Penitenciários e por melhorias de trabalho.

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

Apesar da paralisação de apenas 48 horas, a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado não está descartada e poderá acontecer a partir do dia 27 de março, caso não haja acordo com o governo. "Desde o ano passado estamos enviando ofícios, na tentativa de diálogo com o governo, mas até agora nada, nenhuma manifestação. Se continuar assim, haverá greve", afirma Vilobaldo Carvalho, presidente do sindicato.



De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Trabalhadores da Justiça do Piauí (Sinpoljuspi), o Estado tem um déficit de mais de 300 agentes penitenciários. 

Durante as 48 de paralisação estão sendo cumpridas apenas as atividades internas, que correspondem a cerca de 60% das atividades dos agentes. "Estão suspensas as visitas, os recebimentos de presos, o deslocamento de presos para audiências e visitas de advogados", explicou Vilobaldo.


Na carta, os agentes contam que trabalham em excesso de atividades e que sofrem de stress e outras doenças. Eles dizem ainda que trabalham com viaturas quebradas, falta de armamento, munições, rádios, extintores de incêndios e até algemas.

Segundo o presidente do sindicato, em 2002 havia 1.260 presos no Piauí e 450 agentes penitenciários. Atualmente são 3 mil presos e apenas 500 agentes. "Essa paralisação poderia ser evitada porque o que pedimos pode ser cumprido facilmente", enfatizou.

A paralisação acontece em todos os presídios do Estado.


Jordana Cury
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