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Após rodízio, Blatter fala sobre acordos

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, recebeu nesta sexta-feira mais garantias que o governo brasileiro cumprirá os acordos assinados em 2007 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a realização da Copa do Mundo de 2014. Após encontro com Dilma Roussef de manhã em Brasília, o suíço participou de um churrasco com deputados no início da tarde e comemorou o que ouviu no almoço:

- Eu sou um homem muito feliz hoje, como já falei depois da reunião com a presidente Dilma. Mas agora, depois dessas reuniões da tarde com os líderes da Câmara, estou ainda mais feliz. Muito obrigado à Câmara por dar essas garantias, que já foram confirmadas, para o sucesso da Copa do Mundo. Com certeza, elas são fundamentais para termos uma Copa do Mundo extraordinária - afirmou.


Blatter foi recebido na Residência Oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Vicente Cândido, relator da Lei Geral da Copa, e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, também estiveram presentes na mesa cheia de parlamentares convidados para o almoço. 

No encontro com Dilma, o suíço ouviu da presidente da República "que todas as garantias necessárias para a Copa do Mundo serão entregues à Fifa". Perguntado sobre a qualidade do churrasco, o suíço respondeu com apenas uma palavra:

- Perfeito.


Na última quarta, os deputados chegaram a retirar do texto da Lei Geral a autorização para venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o Mundial, mas o governo decidiu em seguida incluir no projeto a liberação de cerveja, já que esse era um dos temas presentes nas garantias assinadas por Lula quando o Brasil foi eleito pela Fifa como sede da Copa. A lei deverá ser votada na próxima quarta pelo plenário da Copa. Depois, ainda terá que passar pelo Senado antes de ser sancionada por Dilma.

- O tema das bebidas nos estádios faz parte do debate que foi feito pelo governo brasileiro com a Fifa. A intenção é que não só esse tema, mas todos os temas que fazem parte deste conjunto de acordos que foram firmados, que foram tratados com a FIfa, sejam levados em consideração durante o debate que faremos na próxima semana. 

Eu fiz questão de ressaltar isto ao presidente Blatter, que nós temos um Parlamento que é uma síintese do povo brasileiro, e ali estão representados todos os setores. Nós nos orgulhamos muito de sermos talvez a maior nação do mundo em termos de democracia. 

Portanto, o Parlamento, ele debate, discute, trata dos temas com muita profundidade, mas nós queremos, na semana que vem, fazer com que a aprovação da Lei Geral da Copa possa se dar em um ambiente de cumprimento dos acordos, de fortalecimento das relações entre o Brasil e a Fifa, como um elemento congregador - disse Marco Maia.


Novo líder do governo na Câmara, Chinaglia inicialmente mostrou-se contrário à aprovação da venda de cerveja nos estádios. Anteriormente, o deputado teve participação na criação da Lei Seca e na inclusão do artigo no Estatuto do Torcedor que veta bebidas alcoólicas em partidas no Brasil. Nesta sexta, Chinaglia afirmou que sua preferência não vai interferir na Lei Geral:

 - As posições do Brasil estão acima daquilo que possa ser a opinião pessoal. Ou seja, isso dá a responsabilidade para o país. Na medida em que o Brasil assinou o acordo com a Fifa, o governo cumpriu com seu compromiso enviando no projeto original. 

Portanto, não só por convicção pessoal de defender aquilo que o Brasil assumiu como compromisso, porque isso diz respeito à nossa imagem, e especialmente como líder do governo, eu vou defender e trabalhar enfaticamente no sentido de aglutinar os parlamentares que compõem a base do governo e vou dialogar com a oposição.

Fonte: G1
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