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Filho de Clidenor recebe pedido de desculpas pelo Tribunal da Anistia

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O médico Clidenor de Freitas Santos, falecido há quase 12 anos, foi homenageado na tarde desta sexta-feira (30) em audiência da Comissão da Anistia, realizada na Câmara Municipal de Teresina. Ele e outros cinco piauienses foram anistiados por conta da perseguição sofrida durante o regime de Ditadura Militar. Sua família receberá indenização de R$ 100 mil. 

Fotos: Yala Sena

Psiquiatra e um dos fundadores do extinto sanatório Meduna, Freitas foi perseguido de 1964 a 1974. Em discurso na sessão, seu filho José Francisco Dutra Neto declarou que a anistia seria mais um prêmio para a sua vida. Segundo ele, o pai nunca desejou enfrentar as autoridades, mas foi considerado desertor, sendo exilado, cassado e perseguido. 

Se fosse vivo, Clidenor Freitas faria 100 anos em fevereiro de 2013. Sua morte completa 12 anos em abril. Ele foi deputado estadual pelo PDT em 1958. Depois foi para asilo político em Lima, no Peru. Morou ainda em Montevidéu, no Uruguai, até retornar em 1968 ao Brasil, quando foi comunicado de sua demissão no Ministério da Saúde. 


Em Teresina, Clidenor Freitas também foi membro da Academia Piauiense de Letras e professor de Filosofia. 

A presidente da comissao, Suely Aparecida Bellato, elogiou o discurso de José Dutra Neto. Ela lembrou que o trabalho da comissão é voluntário e as palavras do filho de Clidenor Freitas deram ânimo para a caravana, que percorre o país realizando julgamentos da anistia. 


Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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