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Construtora desmente Eletrobras e dispara:

A construtora acusada de provocar o apagão no litoral do Piauí divulgou nota nesta quarta-feira rebatendo a Eletrobrás. A construtora Mãe Rainha, que tem sede em Sobral (CE), disse que não servirá de “bode expiatório” para as inúmeras falhas de fornecimento de energia que vem ocorrendo na região.

                Fotos: Divulgação

Na nota, a construtora mostra perícia técnica que desmente a versão da Eletrobras de que a base dos postes foi alterada. A construtora disse ainda que o loteamento foi autorizado por todos os órgãos competentes, inclusive pela Eletrobras. A companhia energética, denuncia que a culpa pela falta de energia de mais de 12 horas em todo o litoral, em pleno Carnaval, seria um aterramento feito no loteamento Morada dos Ventos, de responsabilidade da construtora. A análise foi encomendada pela própria construtora à uma empresa especializada.

A Eletrobras afirmou em entrevistas, que por conta do aterramento três postes que faziam parte da linha principal de transmissão de energia ficaram com pouca profundidade, e acabaram caindo com a força da chuva, provocando o apagão.

A empresa demonstra através das análises técnicas nas estruturas da rede de transmissão que passa dentro do Condomínio, que a queda dos postes não aconteceu por conta de um rebaixamento no solo. Segundo a construtora, foi constatado um mal dimensionamento nas estruturas destinadas à transmissão de energia, como postes em distância inapropriada, dentro do loteamento.


“A Construtora Mãe Rainha não servirá de “bode expiatório” para as inúmeras falhas de fornecimento de energia que vem ocorrendo na região”, diz a construtora na nota distribuída à imprensa.

Um conjunto de fotografias anexadas no laudo assinado pelo engenheiro eletricista Francisco Wilkinson Oliveira Silva, mostram que os postes implantados pela Eletrobras depois do apagão estão com a mesma profundidade dos postes utilizados antes do blackout.


Ao contrário do que foi afirmado pela Eletrobrás a Janai Machado, procurador da empresa em Parnaíba, informou ao Cidadeverde.com que não há qualquer documento notificação judicial relacionado a algum mbargo à realização da obra. O loteamento é particular e possui terrenos para 1470 casas. Janai afirmo que a construtora agora estuda ajuizar ações judiciais de reparação por danos morais.

“Estamos adotando as medidas necessárias em todas as instâncias cabíveis, no sentido de salvaguardar um patrimônio moral constituído no ramo imobiliário ao longo de 13 anos e que agora vem sendo atacado pela Eletrobrás com declarações precipitadas e sem fundamentos legais ou técnicos”, diz outro ponto do esclarecimento. A empresa se dirige à população parnaibana e piauiense reafirmando que continuará investindo na região", afirma a nota.

O apagão teve repercussão em todo o estado e gerou uma ação civil pública movida pelo governador do Estado contra a Eletrobras. Wilson Martins (PSB) classificou como "imperdoável, intolerante e um desrespeito à população". O gestor anunciou que acionará a presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedindo punição aos culpados.


A empresa responsável pelo condomínio ressalta ainda que“Todo o projeto para implantação do Loteamento Morada dos Ventos Parnaíba foi aprovado pelos órgãos públicos competentes. A própria Eletrobrás – Distribuição Piauí aprovou o projeto da rede elétrica do referido loteamento sem nenhuma ressalva, estando a Construtora de posse das plantas do projeto carimbadas com o aprovo da concessionária de energia responsável pelo Piauí, bem como da assinatura do engenheiro responsável pela aprovação”.

Outro documento importante incluído no laudo é um ofício que a construtora endereçou à Eletrobrás no dia 18 de dezembro do ano passado, solicitando providências, no qual alerta: “A mudança solicitada far-se-á necessária devido a Linha de Transmissão estar localizada dentro do loteamento Morada dos Ventos Piauí, e no padrão que está, além de interferir esteticamente, pode ocasionar acidentes por se tratar de uma rede muito antiga”.

A construtora garante, também, que na matricula do terreno objeto do Loteamento não há qualquer referencia a desmembramento, desapropriação ou servidão em favor da Eletrobrás, ou para qualquer outra empresa do ramo. O terreno é propriedade da empresa empreendedora do loteamento, e todas as informações podem ser comprovadas em cartório.

Saiba mais:

Rayldo Pereira e Yala Sena
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