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Sasc apoia Seminário que debate sobre Trabalho Infantil em Parnaíba

Discutir os desafios do Poder Público e da Saciedade Civil Organizada no combate ao trabalho infantil e fortalecer as políticas públicas de defesa de direitos de crianças e adolescentes do Piauí é o objetivo do seminário realizado, nesta sexta-feira (14), no auditório da Associação Industrial do Piauí, em Parnaíba. O evento tem a parceria da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PI), da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc), e conta com a participação de entidades de classe e de defesa dos direitos da criança e do adolescente.

O secretário estadual da Assistência Social e Cidadania, Francisco Guedes, fez a palestra de abertura do evento destacando as parcerias importantes que estão se fortalecendo no Estado que dão conta da prevenção e combate ao trabalho infantil.

“Precisamos reconhecer que muito ainda precisa ser feito para mudar a realidade do Estado com relação ao trabalho infantil, mas merece destaque as parcerias em ações e projetos importantes como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que está presente em todos os municípios do Estado, a ampliação das escolas de tempo integral e projetos de formação técnica para jovens e adolescentes e tudo isso no tempo certo, na idade certa e de maneira adequada”, avalia.

A preocupação do secretário Guedes, também, foi evidenciada por outros palestrantes como a do auditor fiscal do Trabalho, Rubervam Du Nascimento, onde fez uma relação entre o trabalho infantil e as condições sociais das famílias e citou pesquisa do IBGE (Censo 2012/ 2011), onde apontou que 123 mil lares brasileiros são chefiados por crianças de 10 a 12 nos de idade, situação mais crítica sentida no Nordeste, em que 31% dos jovens entre 15 e 16 anos ainda estão fora da escola, apenas trabalham.

“O trabalho infantil no Brasil em sua maioria vítimas as crianças de famílias pobres. Os filhos dos ricos não trabalham, eles estudam inglês, fazem cursos, viajam para o exterior. Quem realmente trabalha são os filhos dos pobres. As famílias mais carentes, às vezes recebem alguns trocados de programas de transferência de renda ou aposentadoria dos avós, são crianças vítimas do ciclo de miséria econômica que ainda vivemos no Estado” afirma.

O Seminário Trabalho de Criança e Adolescente: Desafios do Poder Público e da Sociedade Civil Organizada, também contou com a participação de outras entidades que compõem o Fórum de Combate ao trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente, de estudantes e profissionais liberais que dividiram uma programação de 3 dias como parte das ações do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.

Da Editoria de Cidades

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