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Mãe chora ao ouvir filho adolescente confessar assassinato à polícia

O adolescente B.O.S, apreendido sob acusação da morte da estudante Tália Cristina Araújo dos Anjos, de 14 anos, prestou um depoimento gravado pela polícia civil. No vídeo, o garoto confessa, diante da mãe, que matou Tália e fala da motivação do crime. O assassinato ocorreu no dia 03/07, na cidade de Ilha Grande, litoral do Estado.

Polícia civil

O depoimento foi tomado diante da delegada Maria de Jesus, e dos delegados Rodrigo Moreira e Daniel Pires.

A gravação mostra a crise de choro da mãe do rapaz ao saber que o filho foi o responsável pela morte. "Mãe, por favor, não vou fazer mais isso não", diz o garoto, tentando consolá-la.


"Você acabou com a nossa vida", afirma a mãe, chorando muito diante dos delegados. "Eu quero só o motivo", indaga o delegado Daniel. É nesse momento em que B.O.S conta como tudo ocorreu.

"Duas semanas antes eu estava com os meninos na praça e começou a chover. Eu estava com minha namorada de Parnaíba e ela ficou só olhando. Na semana seguinte, ela [Tália] tinha ido com minha namorada para um sítio. Nesse dia eu fui esperar ela na praça. De noite, eu e a Tália fomos para a santa [santuário]. Lá, eu tinha feito sexo com ela. A camisinha estourou. Na semana em que ela faleceu, três dias antes, ela disse: "Ei, eu to grávida. Pensei em ti", contou.
 
A mãe interrompeu: "Tu matou a menina por causa de gravidez? Isso é motivo de matar uma pessoa? Se tu tivesse contado eu tinha aceitado", reclamou a mãe.


No interrogatório, segundo o delegado Daniel Pires, o adolescente disse que vinha sendo ameaçado pela vítima. Ela dizia que faria um escândalo por conta da suposta gravides. No depoimento ele contou que ficou com medo de perder a namorada e marcou um encontro com Tália Cristina.

"E ele, com medo de perder a namorada, teria estrangulado Tália", disse o delegado Daniel Pires.

Ainda segundo o delegado, o adolescente marcou um encontro com a vítima para entregar um comprimido abortivo. "Ele conta que chegou, conversou com ela e ao abraçá-la ele aproveitou e fez o corte na garganta", explica o delegado.

O adolescente confirma que teve relações sexuais com Tália três semanas antes da morte.

Como tem 16 anos, o adolescente responderá por ato infracional. Dois maiores de idade também foram presos, mas nada foi comprovado contra eles.

Na varredura feita no mangue, foi encontrado o celular de Tália. Com a quebra de sigilo telefônico foi comprovado que a última ligação feita para o número partiu de B.O.S.



Leilane Nunes e Yala Sena
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