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Heda nega negligência em caso de menino que teve braço amputado

A família do garoto José Demerson de Souza de Carvalho, 13 anos, registrou Boletim de Ocorrência para que seja apurado se houve negligência médica durante atendimento no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. A criança, natural do município de Chaval (CE), caiu enquanto brincava e teve o braço direito amputado durante procedimento cirúrgico. 

                                                Fotos: Portalcostanorte

Maria Cecília Alves, mãe da criança, explica que o filho sofreu fratura exposta após cair de um cavalo. Após o acidente, José Demerson foi levado ao Heda, medicado e, após recomendação médica, retornou para casa. A amputação ocorreu um dia após a criança receber alta. 


"Ele foi atendido e fomos para casa, mas não foram feitos novos curativos, além da atadura estar muito apertada no braço dele. Com dores, retornarmos ao hospital, quando prometeram que fariam o possível para ajudá-lo, porém meu filho teve o braço cortado", disse Maria Cecília.


O advogado da família, Adelmir Lima, ingressará com uma ação na Justiça para buscar reparação dos danos sofridos pelo menino."É inconcebível que um garoto vá buscar atendimento e saia mutilado", reitera o advogado.  



Em nota, a diretora geral do Heda, Clara Leal, defende que não houve negligência médica e que a amputação foi necessária para evitar uma infecção generalizada, o que poderia ocasionar a morte da criança. 


Confira a nota

Frente aos fatos recentemente veiculados na imprensa em relação ao caso do garoto J.D.S.C, de 13 anos, natural de Chaval, no Ceará, o  Hospital Estadual Dirceu Arcoverde – HEDA, localizado na cidade de Parnaíba - PI, esclarece que até o presente momento não foi procurado pela imprensa, todavia com o objetivo de aclarar os fatos, a Diretoria vem a público manifestar-se para esclarecer que o paciente deu entrada no HEDA no dia 18 de dezembro de 2013, com luxação exposta do cotovelo direito após sofrer uma queda de cavalo, tendo no mesmo dia sido submetido a cirurgia e permanecido internado no Hospital durante dois dias, período em que permaneceu fazendo uso de antibióticos, analgésicos e antitérmicos endovensosos.

Somente no dia 20 de dezembro, o paciente obteve alta, após ter sido avaliado minuciosamente pelo médico plantonista do dia, o qual inclusive trocou a faixa de crepom que havia sido utilizada na imobilização pós operatória, bem como informou a família sobre as condutas a serem seguidas e os cuidados gerais com o paciente, tendo ainda fornecido receituário médico compatível com o quadro do paciente. No dia 21 de dezembro, o paciente retornou ao HEDA com um quadro de gangrena gasosa no membro acometido, conforme ficha de atendimento, o que possivelmente foi ocasionado por alguma bactéria, sendo mais comum as do tipo Clostridium perfringens, facilmente encontradas no solo, na areia. Imediatamente os médicos do HEDA adotaram os procedimentos médicos adequados na tentativa de controlar a infecção com o uso de antibiótico venoso de amplo aspectro, todavia ao detectarem que o todo membro superior direito do paciente já estava em estado avançado de infecção comprometendo o membro por completo, comunicaram a família que, para evitar que a infecção se espalhasse pelo corpo e desenvolvesse sepse (infecção generalizada), o membro deveria ser amputado como conduta de salvamento da vida do menor, o que foi feito com expressa autorização da família.

Entende-se necessário esclarecer em especial que após o procedimento cirúrgico relativo a luxação exposta, a imobilização do membro não foi realizado por meio de gesso fechado, mas tão somente com uma tala gessada fixada ao membro com atadura de crepom, bem como esclarecer que as condutas cirúrgicas não foram atos isolados do Dr. Vitor Carneiro, mas sim de uma equipe médica, o que se constata pela análise dos prontuários do paciente, em que consta parecer médico de 08 ortopedistas deste nosocômio. O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde solidariza-se com a dor que a família passa no momento, mas, no entanto, ressalta que todos os procedimentos realizados no paciente foram feitos em consonância com os padrões técnico-éticos médicos, bem como reitera o compromisso em atender com responsabilidade, eficiência e qualidade os seus pacientes. 
 
Parnaíba, 05 de janeiro de 2014.
 
DRA. CLARA FRANCISCA DOS SANTOS LEAL
DIRETORA GERAL DO HEDA


Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)
Com informações Portalcostanorte
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