A Prefeitura de São João do Piauí teve a energia do seu principal prédio cortada na manhã de ontem (10). No momento em que foi feito o corte, o prefeito Gil Carlos já estava reunido com a diretoria e assessoria jurídica da Eletrobras, em Teresina, para renegociar toda a dívida herdada de gestões passadas e que ultrapassam R$ 5 milhões, mas a tentativa de parcelamento foi inviabilizada.
“Nós fizemos o possível, mas é inviável para a nossa gestão, mesmo parcelando, pois o valor da parcela ficaria acima da nossa capacidade financeira, em torno de 2,5% de nossa receita. O impacto seria enorme em nossas contas e não conseguiríamos honrar este parcelamento, mas estamos procurando a solução, já que não podemos ser punidos por um débito deixado nos últimos cinco anos”, destaca o prefeito.
O corte foi realizado no prédio sede, mas o levantamento feito pela Eletrobras, inclui prédios escolares, das zonas Urbana e Rural, secretarias, unidades de saúde, bombas de poços, entre outros, relativos ao período de cinco anos até hoje, que totalizam R$ 5,131 milhões.
De acordo com informações da prefeitura, desde janeiro de 2013, não foi entregue nenhuma fatura da Eletrobras referente ao prédio cuja energia foi cortada. A situação também foi relatada pela Secretaria Municipal de Educação.
Medida
Diante do alto valor, a prefeitura solicitou à empresa o demonstrativo detalhado do débito dos órgãos de fato pertencentes ao município, visto que levantamento preliminar aponta a inclusão de pagamento de energia de imóveis não vinculados, na prática, à administração pública municipal.
Ex-prefeito rebate acusações
Ao Cidadeverde.com, o ex-prefeito Robert Paes Landim rebate as acusações de que a suspensão no fornecimento de energia na sede da prefeitura tenha sido ocasionada por débitos referentes à sua gestão. Segundo o ex-gestor de São João do Piauí, existe uma liminar que assegura a manutenção do abastecimento de energia nos prédios da Educação e Saúde.
"Ganhamos na Justiça uma liminar que proíbe o corte de energia apenas na Saúde e Educação. Asseguro que a suspensão na sede não é em virtude de débitos da minha gestão, mas são referentes ao mandato do atual prefeito", finaliza Robert Paes Landim.
Da Editoria de Cidades