Coluna 15/02/23

Chico Lucas, Flávio ou Júlio César: o Senado em 26

Há hoje três cotados como candidatos ao Senado na base aliada – já falando em 2026: Júlio César no PSD, Flávio Nogueira no PT e Chico Lucas também pelo PT. São duas vagas e Marcelo Castro buscará a reeleição. Chico não disputará mesmo a prefeitura de Teresina. Terá, portanto, quatro anos e apoio (leia-se, recursos) de Rafael Fonteles para tentar resolver o problema da segurança pública no estado. Desde a eleição de 2022, ganhou protagonismo rivalizando com o senador Ciro Nogueira nas redes sociais (vide o caso do “tic-tac” versus “tic-taca”). Interlocutores do secretário admitem à coluna que esse é o destino político mais provável de Chico Lucas.

Senador honorário

Mais presente em Brasília, atuando em linha auxiliar ao pai, deputado Júlio Cesar (terceiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, com gabinete amplo e bem localizado na escada que dá acesso ao Salão Verde) e da mãe, a senadora Jussara Lima, o deputado estadual Georgiano Neto é chamado de forma bem-humorada pelos colegas políticos de “senador”, revelou uma fonte à coluna. Ele recebe prefeitos e lideranças do PSD - ou que desejam mudar para o partido - na capital federal.

Georgiano vice

A ascensão do grupo político do PSD pode ter duas consequências: Georgiano Neto deve disputar uma cadeira de deputado federal em 2026 e o pai, Júlio César, o Senado. Outra opção, na visão do mundo político, é a de que Georgiano tente um salto: ser vice de Rafael Fonteles na reeleição. Themístocles Sampaio tem a prerrogativa nessa última intenção. Tudo depende também da quantidade de prefeitos que o PSD e MDB vão eleger em 24, se farão boa bancada na Câmara de Teresina e quem elegerá o prefeito da capital.

Ela fica

Falando em PSD, o deputado Júlio César confirmou à coluna que Jussara Lima fica no partido e não se filia mais ao PT. Tudo já foi comunicado à cúpula das duas siglas, com a ciência do presidente Lula. O acordo para a ida de Jussara para o PT após a senadora assumir a cadeira de Wellington Dias, esfriou com um forte argumento: o PSD é da bancada governista, votará a favor das pautas do governo Lula e não pode abrir mão de fortalecer sua própria bancada. Assim foi tudo resolvido.

Estou na minha

O incômodo dos suplentes do PT com o Palácio de Karnak por conta da demora em serem chamados para a Assembleia Legislativa do Piauí, teve reação de um petista. O ex-prefeito de Hugo Napoleão, Hélio Rodrigues, respondeu à coluna: “Não estou reclamando, até porque sou suplente. As vagas são dos efetivos, tudo no seu tempo. Na ordem, sou o último a entrar e o primeiro a sair, rs”, disse Hélio.

Para onde vai Edmilson

Com o ex-superintendente da Saad Leste, James Guerra, agora como novo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), o antigo gestor, Edmilson Ferreira deve ocupar um cargo de gerência no IPMT, o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina.

Túnel do Tempo

A Semduh já foi uma super-pasta, com muitos recursos e ações na época do ex-prefeito Firmino Filho, mas perdeu fôlego na gestão de Dr.Pessoa porque teve a maior parte de suas responsabilidades migradas para a Eturb, comandada por João Duarte, o Pessoinha. O desafio de James Guerra, portanto, é cacifar novamente a Semduh – especialmente com o retorno de atribuições e recursos - na gestão geral das principais frentes de trabalho da PMT.

Bem cotado

Se algumas pastas tiveram as atribuições drenadas, outras foram reforçadas, caso da Saad Centro, que já encontra-se com obras avançadas na reforma da praça de alimentação do Shopping da Cidade e ordem de serviço do Clube do Servidor com investimentos de 400 mil reais, incluindo reforma da piscina, quadra, bares, restaurante e banheiros. Essa reforma é um desejo antigo dos servidores e dos garis. A coluna apurou que a ordem de serviço deve ser dada quinta ou sexta após o carnaval. O superintendente Roncalli Filho, o Roncallinho, é nome bem visto pelo prefeito e deve compor chapa competitiva, com novo patamar, na eleição de 24 para vereador.

Já funcionou antes

Do ex-governador Wilson Martins, no grupo de Whatsapp “Xico Prime”, a respeito da decisão do governador Rafael Fonteles de reduzir o ICMS do diesel dos ônibus do transporte coletivo em Teresina: “Não me lembro bem se em 2011 ou 2012, isso já faz mais de 10 anos, o Elmano (Férrer) era prefeito e se deparou com forte crise no transporte urbano de Teresina, uma pressão inicialmente dos estudantes, que a população toda logo abraçou”, relatou Wilson Martins.

Deu certo no final

O suplente de deputado federal lembra que Elmano o procurou na época e teve o apoio do Governo, sendo um itens discutidos o preço dos combustíveis, tomando como exemplo o que o então governador Eduardo Campos havia feito em Pernambuco. “Autorizamos a redução de impostos do diesel para uso em transporte coletivo na capital. Sinceramente, não sei te dizer como isso prosperou, mas o fato é que poucos dias depois havia se resolvido a greve e voltado tudo ao normal”, completou Wilson Martins.

Longe de mim

A expectativa não é que o gesto do Estado resolva o problema como um todo, mas que pelo menos a diminua a pressão sobre a PMT a respeito da negociação com as empresas do transporte público de Teresina. Como o problema é grande e o eleitor demonstra cansaço com o tema, é fato que mesmo não tendo responsabilidade direta na área, a crise pode respingar no humor do teresinense em relação ao Palácio de Karnak. É tempo de agir.

Foto do dia

O suplente de deputado estadual Tiago Vasconcelos teve duas opções em 22: filiar-se ao Progressistas ou seguir a migração do PSD para o MDB. Escolheu esse último. Como resultado, deve ser chamado para assumir o mandato na Alepi e hoje indica o comando da Cendrogas no âmbito estadual. Buscando recursos para a pasta, esteve cumprindo agenda em Brasília, onde se reuniu com a cúpula emedebista, capitaneada pelo senador Marcelo Castro, e na secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, com Osmar Júnior. Na pauta, convênios e recursos para a Cendrogas e, claro, incentivos do MDB para seguir no partido.