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Coluna 13/03/23

Para que lado vão os vereadores de Teresina?

Que os vereadores de Teresina perceberam que, juntos, são mais fortes, isso está provado desde a eleição estadual de 2022. Agora, sob a liderança de Enzo Samuel, os laços seguem reforçados, conforme registrado pelo presidente da Comissão de Legislação da Câmara de Teresina, Venâncio Cardoso: “Junto com meus colegas vereadores, hoje vim tomar um café reforçado no Mercado do Mafuá. Já deixei a sugestão de passarmos nos outros mercados e abrir um concurso para escolher o melhor cachorro-quente no prato de Teresina”, brincou Venâncio em imagem postada no domingo, 12.


Do lado de quem

Os vereadores estão sendo “assediados” por todos os lados através de emissários dos principais nomes cotados como candidatos a prefeito de Teresina em 2024, conforme apurado pela coluna. São convidados a declarar desde já seus apoios, o que relutam em fazer num cenário que se mostra até agora, incerto. De certo, está a influência de Enzo Samuel sob o grupo. Se Jeová Alencar era querido e respeitado pelos vereadores, Enzo conseguiu ampliar essa força, é a percepção de políticos ouvidos pela coluna.


Nenhum contra 

Hoje, dificilmente um vereador irá se contrapor ao presidente da Câmara, que tem seu nome circulando em rodas políticas (e na rua) como pré-candidato a prefeito. Mesmo assim, os dois Palácios – Karnak e da Cidade – estão trabalhando. Sabem eles que em uma campanha municipal quem tem o caminho das pedras (e os mapas) são os representantes das comunidades, das múltiplas regiões da cidade.


2024 promete

Se em 2022, assistiu-se a uma concorrência acirrada entre Rafael Fonteles e Sílvio Mendes para saber quem tinha mais prefeitos ao seu lado, essa eleição na capital aponta sinais de que será marcada pela disputa por vereadores, suplentes e tamanho de chapas proporcionais de cada lado (além de repentinas e convenientes mudanças de lado). Eles sentem o pulso da opinião pública e ficarão, majoritariamente, do lado que perceberem que têm maiores chances de vencer. Simples assim.


Os escolhidos de Castro Neto

A coluna traz as mais novas indicações, confirmadas pelo deputado federal Castro Neto (PSD), para os cargos federais no Piauí. Já havíamos antecipado o nome de Edilberto Barros na semana passada, agora confirmado por Castro Neto. O ex-vereador de Teresina, Ítalo Barros é a novidade na superintendência de Trabalho e Emprego:

- Ítalo Palmeira Dias do Rêgo Barros - Superintendência do Trabalho e Emprego

- Edilberto Rafael de Barros - MDA

- Jair Martins Falcão Neto – CASSI


Remédio ou veneno

Campanhas negativas funcionam, isso é fato desde que eleições existem. Não há outra forma de desconstruir os adversários sem apontar as fraquezas do oponente e não se ganha uma disputa focando apenas em currículo, realizações e propostas. Mas também é consolidado no mundo político: “quem ataca, perde a eleição”. Qual a dose certa?


Sem exagero

Há duas ressalvas importantes: é preciso ter mais proposta do que ataque, pelo menos numa dosagem de 60% (propostas), 40% (críticas ao principal oponente). Atacar demais termina estimulando o cinismo do eleitor, que fica pouco engajado e disposto a votar, mesmo que seja a favor do candidato que profere as críticas.


Confiança ou medo

Há duas emoções que costumam ser mais mobilizada pelas campanhas aos eleitores: a ansiedade e o entusiasmo. Apontar ao eleitor o caminho mais seguro, elencar comparativamente as diferenças e ambientar uma atmosfera de incerteza parecem já ser elementos do cardápio dos políticos piauienses que buscam construir condições de disputar cargos no Executivo em 2024. Alguns, pecam pelo exagero.


Foto do dia

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) não comanda uma comissão qualquer em Brasília. Está com ele o poder de distribuir R$ 6,5 bilhões - dos R$ 7,6 bilhões em emendas que todas as comissões do Congresso têm direito - em emendas na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. Como se sabe, o STF declarou inconstitucional as chamadas emendas de relator. Ano passado, a mesma comissão de Marcelo teve R$ 90 milhões de estrutura. Marcelo está no papel de ser um dos cabeças do Congresso.


A frase para pensar

Deu para um grupo, vai faltar para outros”, Ana Paula Vescovi (1969-), ex-secretária do Tesouro Nacional, ao explicar o teto de gastos.

 

 

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