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Coluna 14/04/23


DataMax: Rafael e Lula com popularidade acima de 70% em Teresina 

Depois das intenções de voto, vem a popularidade. A coluna pinça mais um dado da pesquisa DataMax, que mapeou o cenário eleitoral no Piauí com o viés do pleito de 2024 em Teresina. Abaixo, os números da aprovação do governador Rafael Fonteles e do presidente Lula em Teresina:


 


Unha e carne 

Há praticamente uma correlação entre a popularidade de Lula e Rafael em Teresina. Ou seja, o esforço da campanha estadual de 2022 de ligar a imagem de um com a do outro, pegou tanto que agora há uma clara vinculação dos petistas no imaginário do eleitor piauiense. Tanto Lula como Rafael ampliaram os apoios que receberam no ano passado. Lula foi o candidato mais votado para a Presidência da República na capital, com 317.918 votos, 66,44% do total. Jair Bolsonaro (PL) teve 33,56% dos eleitores, com 160.558 votos.


Flashback

Dados do primeiro turno em Teresina: Sílvio Mendes, conseguiu 50,95% dos votos válidos e  Rafael Fonteles, 45,68%. Dito de modo claro: quem votou em Sílvio no ano passado, hoje está avaliando positivamente Rafael. E quem votou em Bolsonaro, agora aprova Lula, já que a popularidade de Rafael está em 70,26% e a de Lula em 75,42% em Teresina. 


Causa 

A favor de Rafael, a forte agenda de anúncios positivos e novos programas do Governo. A tração envolve o pilar de busca por investimentos e tecnologia, que o governador consegue transmitir com dinamicidade. A favor de Lula, a ausência de Bolsonaro no país por três meses, os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e o fato de que o petista cumpriu o retorno de diversos programas - como o Bolsa Família - lançado em gestões do PT no passado.


Consequência 

Gestores populares dependem menos dos humores políticos. No caso de Lula, o Nordeste equilibra um pouco a resistência que as regiões Sul e Sudeste possuem com o PT. É a base do partido, quem sustenta mesmo. Para Rafael, os dados de aprovação significam que ele é bem mais independente (não totalmente, nenhum político é) dos deputados, prefeitos e vereadores. Tem mais margem para trabalhar suas agendas pois conta com o apoio da população, dito de maneira simplificada.


Faz o L

A popularidade de um gestor garante sua reeleição ou a eleição de um sucessor. Essa é uma máxima da Ciência Política que pode ser aferida por dados. Não é hipótese, é ciência. O patamar médio para garantir o sucesso eleitoral de quem já ocupa um cargo no Executivo é de 30%. É raro, mas não impossível, que um prefeito, governador ou presidente consiga se eleger com menos popularidade do que essa. 


Comprovando a regra 

Para dar exemplos: Waldez Góes (PDT) foi reeleito no Amapá com apenas 19% de avaliação ótima ou boa antes da eleição. Mesmo caso de Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco (aprovação de 27%) e Belivaldo Chagas (PSD), de Sergipe (avaliação positiva de 28%). 


A exceção da regra 

Também já aconteceu o contrário: Amazonino Mendes (PDT), no Amazonas, e Cida Borghetti (PP), no Paraná, com 36% e 34%, respectivamente, de avaliação positiva, não se elegeram. Ou seja, a aprovação é o prato principal, mas a sobremesa é a rejeição. Se o eleitor rejeita o gestor que busca a reeleição, mas rejeita ainda mais os outros nomes do cardápio de opções nas urnas, o cenário muda e pode reservar surpresas. 


Dados da pesquisa

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Datamax (X) no período de 27 à 30 de março de 2023, no município de Teresina. A amostra de 891 entrevistas foi distribuída nas zonas urbana (nas Norte, Sul, Leste e Sudeste), e rural.


Teresa desempenhou

Em tempo, a coluna destaca o desempenho positivo da ex-deputada Teresa Britto, do PV, bem lembrada na pesquisa DataMax divulgada ontem pela coluna. Com 6,06% das intenções de voto, está colada em Elmano Ferrer, ex-prefeito e ex-senador. Teresa tem em Teresina seu maior colégio eleitoral, é nome conhecido do eleitor e sua defesa da pauta ambiental é reconhecida pela população. Prova disso, está na pesquisa.

Eu sou candidata sim 

“Reafirmo que sou pré-candidata (a prefeita) e quem homologa as candidaturas é a federação nacional. Não é local”, enfatizou Teresa Britto à coluna. Como o PV e o PT são uma federação e o PT articula candidatura própria, essa é uma questão que se impõe. Teresa também é nome cobiçado para a chapa de vereadores do PV/PT/PC do B.


JVC é 45

A coluna traz registro exclusivo do ex-senador João Vicente Claudino com a cúpula do PSDB em Teresina, confirmando a filiação de JVC no partido. A tendência é que JVC seja o nome do partido para disputar a prefeitura de Teresina. JVC é sempre um nome bem lembrado para eleições majoritárias e agora, segundo fontes próximas ao ninho tucano, o empresário está disposto a entrar na corrida eleitoral com o número 45 que já foi de Firmino Filho. Muda tudo.


Peso pesado 

Dia, hora e local da filiação ainda a serem confirmados. Essa é vista como uma grande cartada dos tucanos para manter o comando da legenda no Piauí, considerando o contexto de possível federação com o Podemos e o fato de que o Podemos é comandado no estado pelo ex-deputado Fábio Abreu, ou seja, no grupo de Rafael Fonteles. Os tucanos querem candidatura própria e foram buscar quem possa somar a essa estratégia. 


Cardio

O senador Marcelo Castro (MDB) e o filho Castro Neto, em caminhada matinal por Brasília. Marcelo faz 1h40 min diários de caminhada. Ele é médico e sabe a importância de exercícios cardiovasculares para a saúde. Também é político e sabe que é preciso ter fôlego para a série de desafios no Congresso. Uma delas é ter sido designado como novo relator do projeto de lei da reforma eleitoral (PLP 112/2021). A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 


Pensamento positivo 

Castro é otimista porque diz que pretende aprovar o projeto na CCJ ainda neste primeiro semestre de 2023. Ele quer que as mudanças eleitorais que forem aprovadas sejam válidas já para as próximas eleições municipais, em 2024. Quais mudanças? É aí que o bicho pega.


Foto do dia

O senador Ciro Nogueira, que teve emenda de sua autoria aprovada no projeto que passou essa semana na Comissão de Segurança Pública do Senado. O PL 1.307/2023 pune o ato de planejar ataques contra policiais, juízes e outros agentes que estiverem envolvidos na investigação de organizações criminosas. A emenda de Ciro estabelece que quem contratar alguém associado ao crime organizado para cometer atos ilícitos seja responsabilizado, mesmo que o plano não seja executado. O senador destacou que a prática de “encomendar crimes” causa grande instabilidade social e psicológica às vítimas, que muitas vezes são coagidas ou ameaçadas.


A frase para pensar 

“Um presidente da República não pode definir seu sucessor, mas determinar quem não será", Alan García (1949-), ex-presidente do Peru.

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