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Coluna 22/05/23

Vem aí: Jeová Alencar e Enzo Samuel concorrentes em 2026?

Em eleição, o jogo só está jogado quando as chapas são registradas. Antes disso, é tempo para tudo, inclusive conjecturas de cenários das mais diversas possíveis. Uma delas, que circula com força no mundo político (do qual a coluna, não custa lembrar, é só a mensageira), é a seguinte: o deputado Jeová Alencar (Republicanos) sai como candidato a prefeito de Teresina (podendo romper com o grupo do prefeito Dr.Pessoa ou ser o candidato do grupo - os políticos ouvidos se dividem). Do lado do Palácio de Karnak, a cartada para enfrentar Jeová, seria nada mais, nada menos que Enzo Samuel (PDT).


Kryptonita

Esse hipotético cenário não exclui uma candidatura própria do PT, que poderia ser de Dr. Vinícius ou Franzé Silva, nos contextos mais prováveis hoje (atenção: hoje!). Nesse caso, a candidatura de Enzo seria uma segunda e forte aposta da base aliada de Rafael Fonteles se, e apenas se, Jeová Alencar for candidato a prefeito. Na visão do Karnak, Enzo é a kryptonita de Jeová e vice-versa. 


Quem viver, verá

Aquem não é fã de desenho animado e filme de super-herói (a coluna também não é, mas fazer o que se é a metáfora disponível?), kryponita é um mineral que tem o efeito principal de enfraquecer o (de outro modo invulnerável) Superman. Assim, a influência de Jeová com os vereadores de Teresina teria como rival a presença do atual líder da Câmara, Enzo Samuel. Jeová e Enzo são amigos e foram aliados, com a eleição de Enzo tendo sido costurada por Jeová Alencar. Promete!


Fica pra amanhã

Por contenção de espaço (afinal, é uma coluna de política e não um livro), a coluna pede a paciência do leitor para aguardar a publicação na edição de terça-feira com uma lista dos nomes de vereadores que tendem a ficar com Enzo Samuel, Jeová Alencar, o candidato do PT ou em cima do muro. São apenas 24 horas, dá para esperar.


De Merlong para Franzé

Um petista dos níveis hierárquicos mais altos adianta que essa semana o deputado federal Merlong Solano deve anunciar apoio ao presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva. Merlong chegou a se colocar na disputa municipal, mas atuou de maneira discreta em geral, exceto na hora de criticar o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, ato que não poupou intensidade discursiva no nível João Cláudio.


Soltando fogos

O apoio de Merlong a Franzé é bastante comemorado no grupo do presidente da Alepi porque, como se sabe, o PT é feito de tendências e a de Merlong é uma das mais fortes no diretório municipal de Teresina. “Como tem o apoio da tendência do (Cícero) Magalhães, (o Franzé) fica muito forte dentro do partido já que o Merlong é o líder da outra tendência. No PT caminha pra isso (escolha de Franzé)... agora tem o Rafael (Fonteles). Ele quem decide”, desenhou a fonte.


Trator

Dizem que não é bom saber como as salsichas são feitas. O avanço que um pré-candidato a prefeito fez em cima de lideranças em Teresina está levando a uma encruzilhada para seus adversários. Não é viável cobrir as propostas, dizem algumas fontes que as ouviram pessoalmente. Os valores acordados de ajuda de custo já cobrem mais de 50% das despesas que esses pré-candidatos a vereadores calculam que terão na campanha de 2024. É pegar ou largar, e a maioria pega.


Sinal dos céus

“Quem mais trabalha em campanha são essas lideranças menores e só esse ‘sinal’ é muito mais do que recebíamos a campanha toda quando estávamos do lado dos tucanos”, disse um político ouvido pela coluna e que, sendo uma exceção que confirma a regra, foi um dos poucos que ainda não fechou negócio com o tal pré-candidato.


Leis da Física Quântica

Caro leitor, é possível comer o bolo e guardar o bolo? Parece que não. Pois bem. Algumas lideranças e suplentes acreditam ser possível fechar com um candidato e permanecer recebendo espaços políticos (vulgo, cargos) de outro grupo. Um político proeminente do grupo enganado já começou a chamar as lideranças e dar o ultimato: "Ou rompe com o pré-candidato X ou perde os espaços". Xiii...


Quem pode, pode, quem não pode...

"Onde um gorila de 400 quilos senta?". Resposta: Onde ele quiser. Bom, deu para entender? Líderes populares e bem aprovados na opinião pública, fazem o que bem querem. Aliás, nem precisam fazer muita coisa, a inércia os leva para frente. Porém, quando nenhum dos lados tem uma superioridade clara, é hora de fazer esforços. É assim após o fim de uma eleição acirrada (vide Lula em seu terceiro governo) ou no período de pré-campanha sem nenhum amplo favorito nos cargos majoritários. Ah, o que destrona um líder, costuma ser a mudança.


Foto do dia

A respeito da nota da última sexta-feira publicada pela coluna, o presidente estadual do Patriota, Gustavo Henrique, manda foto e refuta que a sigla vá para a base de apoio do prefeito Dr.Pessoa. O partido, por sinal, vai mudar de nome (de novo) e se chamará Renovação Democrática. “O partido continuará conosco. Estamos na base do governador Rafael Fonteles e na base do Governo Lula com o deputado Marreca Filho como vice-líder na Câmara do Governo Lula. Os supostos vereadores que estão a tentar criar esse clima não estão preocupados com as eleições gerais daqui a três anos e sete meses e sim com suas eleições é só verificar em quem votaram ano passado”, afirmou Gustavo, que chamou a especulação de chapinha do Patriota no rol de influência do Palácio da Cidade, como uma “tentativa de desestabilizar a nossa chapa forte de pré-candidatos a vereador do qual não estamos nem a divulgar a composição para não atrapalhar a construção”.


A frase para pensar

“O desejo de obter algo sem dar nada em troca tem custado muito caro a muitas pessoas que fizeram negócios comigo e com outros vigaristas. [...] Quando as pessoas aprenderem – e duvido que aprendam – que ninguém recebe nada de graça, os índices de criminalidade diminuirão e todos viveremos em maior harmonia”. Joseph Weil (vulgo “The Yellow Kid”, famoso trapaceiro e charlatão norte-americano, 1875-1976).