Coluna 06/07/23

A situação de Wellington Dias no Ministério do Desenvolvimento Social

Em Brasília, o ministro Wellington Dias está sob holofotes por conta da busca do governo Lula pela governabilidade com o Congresso. A coluna explica: Lula não tem maioria para aprovar medidas importantes, especialmente na Câmara dos Deputados. O Centrão, leia-se Arthur Lira e o Progressistas, possuem os números necessários e querem espaço em troca de apoio. Nada de novo sob o sol. Com a tentativa frustrada de comandar o ministério da Saúde – Lula já disse que a chance é zero – o Ministério do Desenvolvimento Social virou alvo. O Progressistas quer o comando e, portanto, a saída de Dias. A situação teria consequências políticas profundas no Piauí, já que a maior liderança nacional do partido após Lira, é Ciro Nogueira, adversário dos petistas no estado.

Fica ou não fica

Quais as chances de Wellington perder o MDS? A coluna ouviu fontes que avaliam que a fritura do petista é real, sob o argumento da demora na liberação de emendas dentro do ministério. Mas, ter dado o maior percentual de votos no país a Lula, ser aliado fiel e histórico do presidente, são pontos que pesam bem mais a favor de Wellington. Para completar, o MDS é o coração do governo petista, que tem sua bandeira fincada na redistribuição de riquezas e combate à desigualdade social. Não parece lógico que logo essa pasta saia do rol de influência direta do partido do presidente. Sendo assim, Wellington fica.

Faltei mesmo

Sobre a ausência do PSDB no evento entre Bárbara do Firmino e Sílvio Mendes na última terça-feira, 04, o ex-secretário de Governo e de Comunicação de Firmino Filho, Fernando Said, disse à coluna: “Não vejo por quê a necessidade de participação obrigatória de membros do PSDB. Isso também não significa que o PSDB não venha a apoiar a candidatura de Bárbara do Firmino ou de Silvio Mendes. São dois excelentes nomes para Teresina e as circunstâncias e entendimentos futuros é que vão apontar os rumos das alianças políticas”. Eita!

Recado mais do que dado

Fernando Said foi além e tem defendido que o PSDB lute não apenas por uma candidatura própria, mas também por uma chapa de vereadores própria. A coluna antecipou há alguns meses que a chapa do PSDB deve ir para o Progressistas. “Existe condição para isso, especialmente porque a eleição de 2024 será uma comparação da atual gestão com as gestões anteriores do PSDB. Daí porque acredito que o nome do presidente Luciano Nunes, que está posto como pré-candidato do PSDB, tem tudo pra se tornar viável na disputa para prefeito ano que vem.

O nome do jogo

O plano A do Palácio de Karnak para a PMT em 2024 é Fábio Novo. O plano B é Fábio Novo. E o plano C é Fábio Novo. Caso houvesse um plano D – e a coluna não está dizendo que há, apenas ouviu fontes que cogitaram a ideia – os nomes seriam o de Chico Lucas, secretário de Segurança (nenhuma novidade por aqui) ou Washington Bandeira, secretário de Educação (esse sim, uma novidade).

Segue tudo como está

A coluna perguntou ao deputado Franzé Silva qual estratégia dele para a nova fase da pré-campanha. A resposta: “Será a mesma! Dialogar com as comunidades em bairros e vilas, ouvir e falar para as igrejas, buscar mais adesões de grupos e partidos e manter a boa convivência com as instâncias do PT e federação ao qual o nosso partido está agregado. Continuo no mesmo projeto construído no nosso grupo”. No registro da coluna, Franzé com o presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante. A agenda discutiu "a criação de um polo industrial de verdade" em Teresina, proposta defendida por Franzé.

Quem tem, mostra

Ah, a título de informação, o grupo de Franzé segue com cálculos que garantem que ele tem maioria no diretório do PT em Teresina. A adesão do deputado federal Merlong Solano é uma incógnita. Ele deve definir posição até sábado e aliados de Fábio Novo e Franzé Silva contam com o petista em seus respectivos lados (o que, o leitor sabe, não é viável).

Mesma frequência

Falando em tucanos, a coluna compartilha o registro da superintendente de Parcerias e Concessões (Suparc), Monique Meneses e o professor Wilson Oliveira (pré-candidato a vereador do Solidariedade, em chapa competitiva) sempre em sintonia política. Ambos apoiam Fábio Novo para a PM. Monique era figura importante na gestão de Firmino Filho e, agora, no governo Fonteles.

Quem tem o maior exército?

Nos Exércitos, há um ramo específico só para contar o tamanho, a localização e a natureza dos oponentes. Se chama “ordem de batalha”. Isso porque os números são importantíssimos numa guerra (figurativa ou não). Ora, é como numa batida de carro em que o veículo maior sofre menos danos em uma colisão com um menor. Essa é uma lei elementar da Física e não é fácil destronar um rei. Quando Júlio César atravessou o Rubicão em 49 a.C., mudando o rumo da história romana, as legiões que seguiam com ele eram tão grandes que Pompeu decidiu evacuar a Itália.

Contraponto

A matemática é importante, decisiva, mas não é tudo. Que o digam os Estados Unidos na fatídica Guerra do Vietnã, precisando lidar com os vietconges e suas táticas de guerrilha que humilharam, muitas vezes, o poderio norte-americano. Inteligência e estratégia vence a força? Para quem o leitor acha que a sorte irá sorrir (e não estamos falando de guerra)? Saberemos em breve já que a história é sempre escrita pelos vencedores.

A foto do dia

O deputado federal Marcos Aurélio Sampaio e o governador Rafael Fonteles em Brasília, em agenda administrativa e – a coluna arrisca – política, já que Rafael quer unir a base e tem buscado dialogar com os demais pré-candidatos a prefeito de Teresina do grupo. Fato é que Marcos Aurélio saiu do encontro com o nome mantido no PSD. Apesar da acirrada disputa no PT, outras legendas, como PDT, MDB, PV e PSD, querem mais tempo para trabalhar os próprios nomes. O vereador Enzo Samuel, que está em Brasília essa semana, também deve se reunir com Marcos Aurélio para tratar dos assuntos em comum.