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Coluna 07/07/23

Edmilson Ferreira com força na Eturb

Fontes privilegiadas informam que há possibilidade de que o comando da Eturb seja fracionado, com João Duarte, Pessoinha, ficando com os cuidados específicos da regularização fundiária e iluminação e Edmilson Ferreira - que já foi da Semduh e estava cotado para a gerência de obras da Saad Sudeste - com mais força na Eturb, focando no trabalho de asfalto e obras. Aliados de Pessoinha alegam que o gestor é um dos mais bem avaliados da gestão e não teria motivos para não prosseguir no comando da Eturb, portanto, seria uma divisão de tarefas dentro do órgão que concentra as mais importantes funções na PMT. A movimentação tem chamado a atenção nos corredores do Palácio da Cidade.


Operação “Ninguém solta a mão de ninguém”

Vereadores de Teresina resolveram se unir e dar um basta. Farão movimento para dizer que não aceitam mais um secretário municipal que teria gritado com duas vereadoras em ocasiões distintas, segundo elas denunciaram aos colegas. Uma delas até cogita uma denúncia formal às autoridades policiais. 


Não passa

O movimento consiste na “operação tartaruga” a respeito de aprovação de projetos. Parlamentares ouvidos pela coluna citam até o nome de um possível substituto para o secretário, que viria de uma pasta de articulação política. Como o Palácio da Cidade vai reagir, a coluna ainda não sabe, mas segue atenta aos movimentos dos bastidores.


Vai, Safadão

Apesar do ex-deputado federal Deltan Dallagnol, ter acusado o presidente da Câmara, Arthur Lira, de acelerar as votações de pautas cruciais da agenda econômica antes do recesso parlamentar, apenas para poder viajar em cruzeiro com o cantor Wesley Safadão nos Estados Unidos, foram muitos os que saíram ganhando na noite de quinta-feira, 06 com a aprovação da reforma tributária por 382 votos a favor e 118 contra.


Quem ganhou 

Vencedores incontestes: Lula (que sabe que economia e popularidade têm correlação direta), Fernando Haddad (levando a melhor em toda a pauta econômica no Congresso até agora), o centrão (muitas emendas na conta, vindas do Governo Federal), o próprio Lira (deram um tempo nas denúncias de Alagoas) e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo (ficou mais conhecido e com a imagem de político de direita moderado). 


Quem perdeu

Jair Bolsonaro, que entrou na discussão nos últimos minutos do segundo tempo para criticar a medida, apenas no discurso e não conseguiu o resultado almejado. Ele deixou claro, porém, que não jogará a toalha na tentativa de continuar exercendo protagonismo político, mesmo inelegível.


A força

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, tem mil e uma prioridades na cabeça: comandar a pasta que é a veia central do governo Lula, se esquivar das investidas do centrão sobre ela (a última da vez é a possibilidade de Lula colocar Dias no lugar de Alexandre Padilha, na articulação política) e, por fim, mas não menos importante, a política piauiense. E, nela, interlocutores que conversam com o ministro enxergam que ele tem um papel importante, especialmente para reforçar (ou o contrário) a pré-candidatura de Franzé Silva no PT. Os “franzesistas” torcem, não sem certa ansiedade, pois o tempo urge, pela primeira opção.


Pretendentes ao trono

Não é todo dia que Davi sai de casa e mata Golias. Mas basta uma vez e é suficiente. O que Marcos Aurélio (PSD), Enzo Samuel (PDT) e Teresa Britto (PV) têm em comum? Foram chamados pelo Palácio de Karnak para apoiar Fábio Novo à Prefeitura de Teresina, agradeceram, mas disseram que não, obrigado. Num cenário eleitoral tão incerto, os três, juntos, são uma força política dificilmente ignorada por qualquer um que pense em chegar ao Palácio da Cidade em 2024. 


Guerra de Troia

Enzo e Marcos, por sinal, têm conversado com frequência. Conjecturas sobre uma chapa conjunta, inclusive, estão na mesa das possibilidades. Observadores do mundo político enxergam que a forma como a desistência do deputado Dr. Vinícius foi realizada, deixou-o em posição vulnerável politicamente. Ninguém quer o mesmo destino. Acima de tudo, todos querem ser ouvidos, ter voz e espaço. 


O óbvio ululante

Na política, a filosofia de “viva e deixe viver” não tem muito espaço. É preciso se movimentar, afinal, é sempre mais difícil ser atingido se você está em movimento. Ligadíssimo a Sílvio Mendes, o presidente do União Brasil no Piauí, Marcos Elvas, trouxe da bagagem de Brasília o seguinte recado: o partido dará suporte e estrutura para uma candidatura majoritária em Teresina. Sem candidatura, sem partido. Ora, quem é o sujeito oculto da sentença e sobre qual candidatura a premissa se sustenta?


Quanto é 1+1?

Há dois políticos importantes no Piauí, com inteligências distintas: um deles, mais pragmático, “1+1 =2, claro”. O outro, mais escorregadio e afetuoso, “1+1 pode ser qualquer coisa, depende, e se um dos dois tiver saído?”. São geniais em suas posições, sucesso nas carreiras política, mas pensam diferente quando o assunto é estratégia para a eleição de Teresina. 


Modo pensar A ou modo de pensar B

Um, aposta na união agora e o quanto antes. Tem movido muitas peças para isso. Outro, acha que é melhor deixar o tempo agir, sem força, uma hora as pedras se encaixam e dezembro está perto. Qual visão prevalecerá? A coluna não faz a menor ideia, preferindo confiar na capacidade analítica do leitor.


Espólio

A coluna já tem até o vislumbre de uma hipotética lista de secretariados do futuro prefeito (a) de Teresina. Já se comenta abertamente o nome de um deputado para a Fundação Municipal de Saúde de um lado e um advogado como secretário de Governo de outro. Apoios são costurados com essas promessas. Os chatos vão querer estragar a festa dizendo que é preciso primeiro ganhar, para depois dividir. A coluna acha que sonhar é de graça e faz bem.


Para ler, ver e ouvir

A coluna perdeu a conta de quantas vezes já deu esse livro de presente para amigos (que dizem que leram e adoraram, mas nunca se sabe é verdade). Chama-se “O almanaque de Naval Ravikant” (editora Intrínseca, 240 páginas) e é uma coletânea organizada por Eric Jorgenson, das reflexões do empreendedor e investidor Naval Ravikant, ex-CEO da AngelList, indiano radicado nos Estados Unidos. Nada mais a declarar, deixo vocês com essa: “Quando você é jovem, você tem tempo. Você tem saúde, mas não tem dinheiro. Na meia-idade, você tem dinheiro e saúde, mas não tem tempo. Quando você fica velho, tem dinheiro e tempo, mas não tem saúde. Portanto, o difícil é tentar obter os três de uma vez. Quando as pessoas percebem que têm dinheiro suficiente, elas já perderam seu tempo e sua saúde”.


A foto do dia

Um nome novo, surgido na última semana para ocupar espaço em chapa majoritária em Teresina é o do superintendente de Operações Integradas da secretaria de Segurança Pública, delegado Matheus Zanatta, o número 2 de Chico Lucas. “Poderia ser vice do Fábio Novo, porque representa bem a imagem da segurança e a violência é um dos maiores problemas do eleitor de Teresina. O Fábio Novo tem muito a reputação ligada à cultura e pautas sociais, teria que equilibrar”. Zanatta, por sua vez, tem reafirmado a interlocutores ter zero pretensão política. Enquanto isso, outros atores políticos apostam em nomes mais experientes e com histórico político caso Fábio Novo consiga mesmo unir a base governista – o que hoje, está localizado em um longo caminho tortuoso e de várias resistências a serem vencidas. Nada é a impossível, mas a montanha a ser escalada é significativa.


A frase para pensar

“Ele está caçando com os meus cavalos”, Washington Luís (1869-1957), ex-presidente da República, falando sobre Getúlio Vargas e lamentando a adesão de antigos aliados ao novo regime instaurado em 1930.