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Coluna 18/08/23

Os secretários que já podem se considerar fora da PMT

É verdade, como já disse o ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, que a ocasião faz o aliado. A coluna diria mais: faz também os adversários. Já que não é possível criar o próprio contexto, é preciso operar no limite que as situações permitem. Dito isso, Dr. Pessoa fará uma reforma geral na gestão até meados do dia 30 de agosto. A lista dos que vão cair fora não está totalmente fechada, mas uma fonte bem informada do Palácio da Cidade garante que pelo menos três secretários já podem começar a arrumar as gavetas pra poupar trabalho no dia da exoneração... Quem? Quem? Quem?


Olha, depende muito...

Questionado qual seria o critério para a reforma do secretariado, a fonte falou que era tudo muito simples: “Quem vai tá com ele (em 2024) e quem não vai”. Agora, como tudo na política, tem o fator “depende”. “Alguns a gente sabe que não vão estar juntos mesmo, mas ficarão por causa da governabilidade”. Então tá bom...


Chega!

O vereador Markim Costa tem rechaçado, com veemenência, qualquer especulação de que ele possa assumir a liderança do prefeito Dr.Pessoa na Câmara de Teresina no lugar de Antônio José Lira. “Nada, nada, nada a ver. Tô cansado dessa fofocada”, desabafou o parlamentar à coluna. Ele, junto com Bruno Vilarinho e Luís André, foram os parlamentares que já anunciaram publicamente que ficam com o prefeito em 2024. Propostas para mudar de lado não faltam, é verdade, mas a palavra foi empenhada.


E eu? 

A coluna até imaginava que o cargo de conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil era importante e cobiçado, mas não pensava que era tanto assim. Após a publicação de uma lista de cotados do Piauí na última terça-feira, a coluna recebeu uma série de questionamentos de nomes que ficaram de fora: “Faltou eu”, foi a frase mais ouvida. Dessa forma, as apurações continuam e uma nova lista pode (ou não) ser atualizada em breve.


Daqui vejo os rios

O Palácio da Cidade tem uma série de obras engatilhadas para o segundo semestre, isso já se sabia, e agora começam a aparecer. De responsabilidade da Saad Centro, acontece a inauguração do píer flutuante em Teresina no domingo, 20 na Avenida Maranhão, em frente ao Iate Clube. Valor da obra: R$975 mil. O superintendente Roncalli Filho, comemorou o novo espaço de lazer da cidade, uma reclamação antiga do teresinense. “A área recebeu a instalação de bancos, floreiras, novos refletores em LEDs, pinturas em homenagem aos pescadores e ao sol de Teresina, além de novos quiosques para enriquecer ainda mais o píer”, disse Roncallinho. 


O sujeito e o grupo

Traduzindo, como disse Paul Lazarsfeld, sociólogo americano: “Uma pessoa pensa, politicamente, como ele é, socialmente. Características sociais determinam a preferência política”. Quer dizer, as pessoas votam em grupo. Evangélicos, mulheres, faixa de renda A, B, C, D e E, cruzando esses dados é possível prever (não adivinhar, apenas projetar), como um grupo pensa. Cada eleitor age com um olho nos custos, e outro nos benefícios. Entender a demografia da cidade/estado no qual se quer disputar uma campanha majoritária e como o eleitor se comporta, é meio caminho para o sucesso nas urnas.


O que importa mesmo é a campanha

Estamos na pré-campanha, que alguns já vivem (e gastam) como se fosse a própria campanha, é verdade, mas há uma diferença crucial entre uma coisa e outra. Agora, tirando os aficionados por política (como a coluna presume que seja você, leitor), o eleitor médio está literalmente em outro mundo. Só chega a ele ecos muito distantes de um pleito que vai demorar mais de um ano para acontecer. 


Já estava pensando nisso mesmo

O eleitor médio está preocupado em pagar a conta de luz, com os juros rotativos do cartão de crédito e com o show do mês que vem. Mas é claro que no momento oportuno, as campanhas importam porque ativam “predisposições latentes”. O sujeito tem uma tendência, adormecida, que pode se reverter em decisão de voto caso os discursos corretos sejam ativados no eleitor. A pré-campanha planta a semente. A colheita é na campanha.


Índio forte

Um dia equivale a 100 anos na política. Pois é, parece que de ontem para hoje o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ficou mais forte no cargo depois de sofrer uma fritura nível Brasília de intensidade. Como o presidente Lula viaja no domingo para a reunião dos Brics na África do Sul (a agenda vai até sábado, 26), o anúncio oficial da reforma ministerial sai apenas na semana que vem (ninguém vai anunciar mudança ministerial sem o presidente no país, óbvio). Wellington ganhou fôlego e nova missão: vai conduzir um amplo programa para erradicar a fome no país, o Brasil sem Fome.


O Brasil não é para amadores

A eleição de 2022, aos poucos trouxe o país à normalidade. As pessoas (a média, pelo menos) pararam de acompanhar política como entretenimento e obsessão, as coisas foram se assentando. Até ontem, com o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto na CPMI do 8 de Janeiro. A CPMI, que se arrastava sem grandes fatos, trouxe com o depoimento de Delgatti, as falas mais contundentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Claro que palavras correm ao vento, é preciso provar. Mas hoje, até bolsonaristas fieis consideram factível o cenário de um pedido de prisão preventiva do ex-presidente pelo ministro Alexandre de Moraes. Quando?


Sai da frente que tô passando

Seguindo na estratégia dos grandes encontros, o deputado Franzé Silva mobilizou a zona Sudeste em plenária expressiva com aliados como o deputado Evaldo Gomes (SDD), na quinta-feira, 17. “Zona Sudeste é uma das prioridades do plano que temos para Teresina e precisa estar também no planejamento de cada gestão. Tivemos lá uma reunião emocionante. Hoje, na posição de pré-candidato à Prefeitura de Teresina, digo com fé em Deus: vamos ser vitoriosos!”, destacou Franzé, com o pé no acelerador.


Para ler, ver e ouvir

Tudo bem para o leitor se a colunista indicar um livro que ela ainda está lendo? Mas é tão bom, que vale a pena ampliar a corrente. Chama-se “Jogos do Poder – Ganhar ou perder: As estratégias dos grandes líderes da história” (Editora Record), de  Dick Morris, analista político, jornalista e assessor de candidatos presidenciais à Casa Branca. O livro é de 2004, o leitor talvez tenha que suar um pouco para achar. Ele diz, por exemplo: “Em cada geração política, o primeiro que dominar uma nova forma de tecnologia da comunicação leva imensa vantagem”. Não seria o caso de Roosevelt com o rádio, entre 1933-45, Kennedy com a TV, ou Obama com a internet e Trump com o Twitter? Pro lado de cá, Bolsonaro com o Whatsapp em 2018? Qual será a próxima tecnologia e o próximo vencedor? Quando a colunista terminar de ler o livro, espera pelo menos ter uma resposta razoável.


Foto do dia

Quem tem se dedicado de corpo e alma à campanha de Fábio Novo em Teresina é o vereador Venâncio Cardoso: “Reunimos amigos e lideranças e além de falar da história de vida do Fábio, conversamos sobre Teresina, seus desafios e necessidades”, destacou Venâncio após evento realizado na Câmara de Teresina, que contou com a presença da tia, Gilvana Gayoso. Venâncio ainda está, por força da lei, filiado ao PSDB, mas deve disputar a eleição de 24 no PT, partido com o qual tem uma história familiar e pessoal. A mãe, conselheira do TCE-PI e ex-deputada, Flora Izabel, é fundadora da sigla no estado. Em um eventual governo Fábio Novo, é certo que Venâncio terá protagonismo.


A frase para pensar 

“O que fazemos por necessidade, devemos fazer parecer que foi por vontade própria”, Nicolau Maquiavel (1469-1527), filósofo e diplomata italiano. 

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